Terça-feira, 28 de outubro de 2025 - 08h20

“Os países não têm amigos nem inimigos. Os países têm
interesses”. Essa frase antológica do ex-primeiro ministro britânico
Winston Churchill dá a dimensão exata do que está acontecendo hoje nas relações
diplomáticas e comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos. De um lado, está
o polêmico presidente norte-americano, Donald Trump, republicano e expoente
maior da extrema-direita mundial e do outro está o presidente do Brasil, o ex-metalúrgico,
petista e socialista Luiz Inácio Lula da Silva. O Trump está governando o seu
país pela segunda e última vez. Já Lula governa o Brasil pela terceira vez e
segundo pesquisas divulgadas recentemente está cotadíssimo para ser reeleito no
próximo ano. Muito mais do que a dicotomia entre direita e esquerda, os dois
mandatários reúnem-se “para aparar arestas” impostas pelos EUA
com relação às tarifas comerciais.
Os Estados Unidos são hoje o segundo maior parceiro
comercial do Brasil perdendo somente para a China. O nosso país, por sua vez,
tem hoje um déficit comercial com os norte-americanos, que impuseram tarifas de
até cinquenta por cento em muitos produtos brasileiros, inviabilizado dessa
forma a normalização comercial entre as duas maiores democracias do mundo
ocidental. Donald Trump pode ter imposto essas tarifas levando em consideração
“alguns problemas internos” do Brasil, principalmente na área política.
O julgamento e a já certa prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro é uma dessas
questões internas. Ignorando a soberania brasileira, o presidente dos Estados
Unidos tentou reverter algumas decisões do Supremo Tribunal Federal do Brasil
em relação a algumas dessas questões. Trump não percebeu, mas pode ter dado um
tiro no próprio pé.
O Brasil é atualmente, ao lado dos Estados Unidos e da
China comunista, um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Por isso,
algumas tarifas impostas de forma unilateral, fizeram encarecer alguns produtos
lá no mercado norte-americano. Há boatos de que a carne bovina, por exemplo,
subiu em alguns estados americanos mais de 40% e o café também experimentou uma
alta significativa. Muitos produtos exportados pelo Brasil para os EUA não têm
mais condições de aguentar uma tarifa tão elevada. A saída foi buscar novos
mercados como o Sudeste Asiático. E é exatamente o que o presidente Lula buscou
fazer em sua recente visita àquela região. Vietnã, Indonésia, Malásia e a
própria China sempre estiveram interessados nos produtos brasileiros. “Exportar
sem as tarifas é um presente que nos caiu do céu”, disse um importante
embaixador do Brasil.
E Trump sentiu o baque nas bobagens que fez. Por isso,
elogiou o discurso de Lula na ONU, tomou a iniciativa de ligar para o petista e
mais recentemente concordou em se reunir com o nosso presidente esquerdista. O
antes arrogante e prepotente Donald Trump pode ter entendido a máxima “rei
morto, rei posto”. Assim, deve aceitar sem problemas a prisão de
Bolsonaro e quem sabe até expulsar dos Estados Unidos os traidores da pátria
Eduardo Bolsonaro e Paulo Renato Figueiredo, dentre mais alguns outros “patriotas
de mentirinha”. O presidente norte-americano não gosta do Brasil e nem de
Lula ou de Bolsonaro. Ele deve gostar dos Estados Unidos e do povo
norte-americano. “Mas se sancionar o Brasil está dando problemas para
eles, todas as tarifas devem ser retiradas imediatamente”, é o
raciocínio mais elementar possível. Com relação a Lula, percebe-se que o maior
cabo eleitoral do petista é o próprio filho do Bolsonaro. E o Trump também!
Terça-feira, 28 de outubro de 2025 | Porto Velho (RO)
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