Sexta-feira, 19 de janeiro de 2018 - 09h25

Raniery Araujo Coelho
Acabamos de virar a página de mais um ano. E a chegada de novos tempos é sempre um momento de renovação da esperança e de reflexão. É verdade que 2017 não foi tão bom quanto esperávamos, mas, é preciso ver que, com todos os problemas, foi um ano de desafios vencidos e de conquistas. A nossa Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou, por exemplo, uma estimativa em que aponta crescimento de 3,9% no comércio varejista no ano passado. Também, depois de dois anos de queda, o Produto Interno Bruto-PIB do país, enfim, teve um crescimento estimado em 0,89% que, pode ser considerado pouco, porém, animador. Ainda mais que a inflação fechou, 2017, abaixo da meta, em 2,95%, o menor índice de inflação desde 1998. Para completar os juros mais baixos sinalizam que podemos entrar num ciclo de prosperidade neste novo ano.
No entanto, se há fatos positivos que indicam uma melhoria no horizonte, inclusive o fato de ser ano de Copa do Mundo, que sempre movimenta o comércio, depois da arrumada da casa, diante do desastre dos anos anteriores, há também um grande desafio ao clima de otimismo que volta a se instalar: as eleições presidenciais. Não se pode dissociar economia de política e, no nosso sistema, onde o peso do governo é inegável, a eleição de um presidente é fundamental para criar estabilidade e expectativas futuras. E, neste ponto, infelizmente, há uma grande interrogação sobre quem irá gerir nosso destino futuro.
O fato preponderante é que o desenvolvimento brasileiro necessita de maior controle sobre o estado, da manutenção do controle das contas públicas, da desestatização e de que seja dada a segurança jurídica e a infraestrutura indispensável para que o espírito animal do empresariado se desenvolva. Quem faz desenvolvimento é o setor privado. Por mais que se possa desejar o investimento público todos sabemos que deve estar acompanhado da iniciativa privada e que a ela, só ela, cabe o papel de gerar negócios, renda e emprego. Sem segurança jurídica, sem perspectivas de futuro também não iremos atrair investimentos privados, inclusive estrangeiros, que farão o Brasil ter um ciclo de crescimento continuado.
Quem entende de desenvolvimento sabe que empreendedorismo e educação devem caminhar juntos para gerar desenvolvimento. Nós, da iniciativa privada, sabemos que, se para os empreendedores, a burocracia e o peso dos impostos, tem sido o grande entrave para um futuro melhor, todavia, não desconhecemos que o maior desafio é a educação. O Brasil avançou muito pouco neste setor e ainda ocupamos posições inferiores nos rankings educacionais mundiais. É preciso debater e implantar um grande e efetivo programa de educação básica, com grandes investimentos nas estruturas das escolas e dos professores. Um ano passou, mas, os desafios continuam presentes e precisamos aproveitar o ano eleitoral para discutir os problemas e criar melhores perspectivas para o futuro.
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