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Opinião: Porto Velho pós usinas, por Dalton di Franco


O período pós usinas já começou. Lembro dos discursos que o senador Acir Gurgacz fez em 2010 alertando para a necessidade de que o Estado fizesse um planejamento de trabalho para evitar que Porto Velho, em especial, se afundasse no final de mais um ciclo econômico de nossa história. Não podemos deixar que a Capital sofra como antes, no final do ciclo do ouro, da borracha, da barragem de Samuel. Não temos a opção de ficarmos à mercê da História e suas repetições. É tempo de agir.

Uma coisa é fato: o esfriamento da economia da Capital tende a ocorrer exatamente agora, durante a corrida eleitoral municipal, na qual entrará a disputa pela prefeitura de Porto Velho. Sem sombra de dúvidas, quem for eleito prefeito terá um cenário muito diferente dos últimos quatro anos. Não teremos uma montanha de recursos para administrar, mas sim uma avalanche de problemas, caso nada seja feito agora, exatamente neste momento.

O governo do Estado deu um passo no caminho certo com a liberação de R$ 7 milhões para o distrito industrial de Porto Velho, mas é apenas um passo. O investimento em nossa indústria pode causar reflexos em um momento além do que precisamos de fato em outros setores, como no comércio e nos serviços. E o que esses setores podem estar precisando HOJE para evitar uma queda de faturamento? Precisamos ouvir a sociedade e tomar a dianteira com medidas que são como canja de galinha, um remédio universal para qualquer problema: dinheiro barato para estimular a economia.

Para isso temos a ajuda do governo federal, da presidenta Dilma que com coragem está forçando todo o sistema bancário a reduzir os juros. Isso pode ser muito importante neste momento em que comerciantes e prestadores de serviço precisem de capital de giro para corrigir o que precisa ser corrigido para atravessar esses tempos – que prometem ser difíceis.

E onde nós, do PDT, entramos nisso?

Entramos com a nossa certeza de que o caminho para que Porto Velho possa superar este momento de dificuldade está na defesa do trabalho e na educação. Vamos conseguir suplantar uma ameaça de crise qualificando nossos trabalhadores, estimulando a nossa economia, fomentando a educação e ampliando os investimentos na infra-estrutura urbana. Isso para aperfeiçoar a nossa eficiência, reduzir nossos custos e continuar fazendo nossa economia render mais, mesmo com menos.

Essa é a forma como eu e o PDT encaramos essa situação. É preocupante, mas o povo de Porto Velho é forte e perseverante. Com as decisões certas continuaremos trilhando um caminho de sucesso para a nossa cidade.

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