Terça-feira, 26 de janeiro de 2010 - 21h16
Depois das tempestades, a bonança. Silenciosamente, as águas voltam ao seu leito natural e a vida segue seu curso diário. Lentamente, as velhas mazelas são esquecidas e os repetidos protestos das populações atingidas pelas enchentes, evaporam-se à luz do sol, que banha e ilumina o dia-a-dia das cidades brasileiras. Infelizmente, tudo vai devagar, passivamente, enquanto as janelas olham as cidades seguindo em marcha batida, a velha rotina, até quando dezembro chegar.
As tragédias das enchentes são todas construídas no dia-a-dia de nossas cidades, desde a mão que joga o lixo no chão, que vai, bueiro abaixo, entulhando os canais de escoamento, até a mão da administração omissa, que prefere ignorar as obras subterrâneas de esgotamento sanitário e galerias fluviais, em detrimento das obras exposta à céu aberto, à olhos vistos. Tudo, na visão eleitoreira de quem escolhe entre as tragédias de seu povo e o possível sucesso eleitoral.
É preciso entender que o prejuízo de uma enchente é o atestado oficial de uma gestão distante dos verdadeiros anseios de sua comunidade, de uma administração incompetente, sem capacidade para corrigir os erros mais primários da urbanização dos pequenos e grandes centros urbanos de nossas cidades. Enquanto isso, das janelas das prefeituras de Minas e do Brasil, alguns contabilizam os estragos que as enchentes causaram, enquanto a chuva caia devagar.
Depois de recolher os cacos, é preciso começar os trabalhos, recomeçar a vida além do ponto em que paramos. É preciso vislumbrar mudanças, aprender com os erros, seguir em determinado progresso.
Enxugar a água e apenas retirar a lama, sem corrigir as causas dos desastres; dos deslizamentos de terra; da não vazão da enxurrada; dos transbordamentos dos rios; é estender no varal do tempo o lenço para enxugar as próximas lágrimas, fruto de muito sofrimento, tristezas e dor.
O tempo não para e as próximas chuvas já tem o seu dia marcado para chegar, gerando prejuízo para o Estado, para o município e para a população. Se nada for feito pelas prefeituras, ela ceifará vidas, destruirá esperanças e afogará sonhos.
É preciso corrigir isso, é preciso investir no mais barato, no mais viável, e realizar o trabalho necessário para que a vida continue tranqüila e aprazível nas cidades brasileiras. Afinal, a nossa vida não é tão besta assim!
Petrônio Souza Gonçalves é jornalista e escritor
www.petroniosouzagoncalves.blogspot.com
Domingo, 7 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)
A política do tempo dos coronéis
Tem gente que acha que basta o presidente da República, o governador ou o prefeito escolher seu sucessor e todo mundo vai votar no seu candidato. Is

Não tem prefeito que dê conta de resolver os problemas da cidade que administra se os habitantes não colaborarem. Não se pode negar que Léo Moraes es

O Banco Master, do senhor Daniel Vorcaro, está no centro de uma crise financeira. Tudo indica que houve gestão fraudulenta. O Master oferecia taxas

Transporte Público Gratuito: 78 bilhões no colo do setor produtivo
O Governo não para de criar propostas mirabolantes para agradar o eleitorado com políticas assistencialista e prepara, mas uma festa. O “bolo”, poré
Domingo, 7 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)