Quarta-feira, 31 de março de 2010 - 20h04
Bruno Peron
O desenvolvimento associa-se, antes de qualquer conjetura, ao grau de evolução espiritual da espécie humana. Quando achamos que merecemos um lugar no céu, o inferno nos convoca.
Parte dos seres humanos padece de fome e desnutrição na superfície, enquanto os vermes negam-se a comer a carne dos seres egoístas e impiedosos que jazem no subsolo.
Nunca é demais lamentar que muitos consintam com o capitalismo como se este sistema fosse a mais natural das graças divinas juntamente com a insídia do mercado.
A criança teima pelo picolé de uma marca; o jovem escolhe a profissão que o mercado sugere; muitos adultos não medem os meios para ganhar a vida; o idoso batalha para garantir a melhor aposentadoria; e o defunto lamenta a mediocridade de sua existência derradeira.
Pobre daqueles que ignoram o óbvio a fim de sustentar a opulência, de um lado, ou fomentar a miséria, de outro. A cobrança virá em dobro. A humanidade recobra fins trágicos.
Representantes de treze países da América Latina e do Caribe propuseram em Quito, capital do Equador, a união de organismos de integração na luta conjunta da região para erradicar a fome e a desnutrição até 2025. Desacostumemo-nos com os dogmas da subserviência.
Apesar de que os mandatários da política tupinica não se fazem sem a venda da alma ao diabo, o que justifica a continuidade das macro-políticas econômicas, o presidente Lula tem seus méritos. Um deles é a persistência do programa Fome Zero, que o aclamou nas eleições de 2002.
É sensato reiterar a tese de que de barriga vazia ninguém quer saber de material escolar. Uma vez vencida esta etapa, discutir-se-á que a educação não se faz sem bons instrutores.
Em 2009, a fome e a desnutrição afetaram 53 milhões de pessoas na América Latina e o Caribe segundo o Ministério de Agricultura e Pecuária do Equador.
Por que alastra o afã injusto de desmerecer os governos progressistas da região, que priorizam a redução da pobreza e o combate às mazelas do capitalismo?
O preço do arrependimento deveria satisfazer a voracidade de atores pujantes na tragicomédia capitalista em decadência. O discurso capitaleiro tem seus dias marcados.
A recomendação para as crianças precavidas é de jamais falar com estranhos. Ao chegar à senilidade e depois de tanta faina, haverá maiores recompensas.
Maldita hora em que um sistema estranho à elevação humana torna-se familiar.
Organismos internacionais de competência renomada, como a Comunidade Andina de Nações (CAN), o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL) bradam o uníssono da misericórdia pelos despossuídos.
Assistimos ao advento da hora de extirpar, ao menos, a fome e a desnutrição dos cômputos da América Latina e o Caribe. Duas chagas que nos retêm na periferia do orbe.
Algo nos sugere que a humanidade tem-se embasbacado nos caminhos da ganância, a corrupção e a possessão descaradas de bens mal divididos e de saberes em conflito.
Os capachos da política e do lucro extraem do povo o que cabe à coletividade e curvam-se diante do destino nefasto que se lhes descortina na escolha entre o céu e o inferno.
A sorte de alguns destoa da desgraça de outros. Neste mundo carnal e desalmado, permanecem os seguidores das paixões mais descabidas. A responsabilidade recai sobre a justiça que funciona e pela qual "não passará um fio de cabelo" sem que o ente maior perceba.
Seja cultivador e merecedor de um mundo fraternal.
Cobre justiça de outros cidadãos.
Discorde do que não lhe parece sensato.
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