Terça-feira, 8 de junho de 2010 - 05h48
No Brasil, há leis que pegam e as que não pegam. A lei que restringiu o cigarro nos pontos de encontro foi construída com uma boa engenharia legal, obrigando os comerciantes a cumprir a lei para não amargar sérias consequências. Por isso, e também contando com a compreensão dos fumantes inveterados de que eles não têm o direito de prejudicar as pessoas que não fumam, a lei pegou. Mas, como tudo o que se refere aos hábitos humanos amplamente disseminados, não deixou de provocar novas consequências.
A engenharia legal da lei antifumo não previu que o fumante, jogado literalmente na rua, deixaria de colocar as cinzas, as bitucas e pontas de filtro de seus cigarros em cinzeiros apropriados, passando a jogar tudo nas ruas, de onde vão para o meio-fio e com a chuva escorrem para as bocas-de-lobo.
Sendo um hábito pouco saudável, mas socialmente aceito, já que o uso do tabaco é legal no País e contribui com uma ampla arrecadação de impostos, a lei antifumo apenas restringe seu uso em determinados locais, sem qualquer influência sobre a dependência química que acompanha o hábito ou seu tratamento. O fumante é jogado na rua, sem que se lhe seja oferecido o encaminhamento a instituições e programas de controle ou combate às causas do tabagismo.
Assim, o fumante é constrangido a mudar o local em que vai dar suas baforadas, mas a lei não previu que, por esse local ser a via pública, cinzas e bitucas – especialmente estas – vão das calçadas para as sarjetas, e, com as enxurradas, vão acabar nos cursos d’água.
Caça às bitucas − Quando se trata de comerciantes mais zelosos, mesmo sabendo que as calçadas são de responsabilidade da Prefeitura, eles até tentam agir antes de uma tromba d’água, determinando aos empregados encarregados da limpeza do estabelecimento para varrer as calçadas e recolher as bitucas.
Mais consciente, no entanto, precisa ser o fumante, que é o responsável por atirar as bitucas a esmo, e a Prefeitura, à qual cabe zelar pela conservação das vias públicas, das quais as bocas-de-lobo fazem parte.
O centro da campanha antifumo deve se concentrar na exposição dos malefícios do cigarro, que contém cerca de 4.720 substâncias tóxicas, sendo uma delas, a nicotina, responsável pela dependência.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, o tabagismo é o responsável por cerca de 30% das mortes por câncer em geral, 90% das mortes por câncer do pulmão, 25% das mortes por doença coronariana, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por derrame cerebral.
Fonte: Carlos Sperança.
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