Terça-feira, 18 de abril de 2023 - 16h50

Já disse e repito quantas vezes forem necessárias, que o Brasil é um país paradoxal. A pessoa compra uma propriedade, investe tempo e dinheiro para torná-la produtiva e geradora de emprego e renda e dividendos para a nação. Repentinamente, aparece um bando, invade sua propriedade, mata seus animais, queima parte da sua produção e destrói equipamentos caríssimos, além de atacar seus funcionários e, às vezes, até matam, muitos dos quais pais e mães de família que estão dando um duro danado para colocarem comida na mesa. Depois, os baderneiros abandonam o local como se nada tivesse acontecido, deixando um rastro de destruição, certos de que nada lhes acontecerá, abroquelados que estão na impunidade reinante.
Enquanto os produtores rurais norte-americanos são respeitados e protegidos, com direito a plantarem em áreas de conservação ambiental, no Brasil, criam-se leis ambientais não para proteger o meio ambiente, mas para impedirem que a agricultura avance. Apesar de tudo isso e dos elevados custos de produção, o Brasil vem batendo recorde, ano após ano, na balança comercial, como resultado da extraordinária capacidade dos nossos produtores rurais e homens de negócios.
Em um país
sério, onde o direito de propriedade é respeitado, isso não acontece. No
Brasil, porém, patrocinador de invasão de terras é endeusado, temido e
respeitado por autoridades da República, chegando, inclusive, a integrar
comitiva em viagem oficial. Não sem motivo, o setor que mais produz neste país,
que fechou o mês de janeiro de 2023 com quase nove bilhões de dólares na
balança comercial – o agronegócio – anda assustado com as ameaças veladas de
invasões a propriedades rurais pelo líder de um movimento mantido com recursos
públicos. Se isso acontecer, será o colapso da nossa economia, tornando cada
vez pior a vida de vários setores. O governo precisa buscar o caminho do
diálogo franco, sem, contudo, abdicar da determinação em combater estruturas
cediças que tanto mal já causaram àqueles que realmente contribuem para a economia
do nosso país. Onde está o direito de propriedade?
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