Segunda-feira, 25 de julho de 2016 - 15h54
Professor Nazareno*
Claro que as Olimpíadas 2016 serão realizadas no Rio de Janeiro. Disso, quase todo mundo sabe. E lamenta profundamente. O PT e o ex-presidente Lula conseguiram, para a euforia de muitos simplórios esportistas brasileiros, trazer pela primeira vez para o mundo subdesenvolvido e atrasado os mais famosos jogos da história da humanidade. Não só os petistas e esquerdistas, mas grande parte da população do país também aplaudiu calorosamente esta estupidez. Basta observar a “emoção” de muitos idiotas e imbecis quando da passagem da tocha olímpica pelas cidades e lugares espalhados pelo Brasil afora. Mas se por uma obra do acaso os jogos, em vez da capital carioca, fossem realizados na cidade de Porto Velho, a suja, fedorenta, quente e pouco civilizada capital de Rondônia os problemas aumentariam e a competição ficaria marcada para sempre.
Se no Rio de Janeiro, cidade conhecida no mundo inteiro e detentora de uma infraestrutura até que razoável para receber estrangeiros, os problemas para a realização de uma Olimpíada são insuperáveis, em Porto Velho viveríamos o Armagedon. Uma das primeiras delegações a chegar à vila olímpica, a Austrália já decidiu que lá não fica. O Comitê Olímpico Australiano reclamou das condições infectas do local e disse que lá nenhum atleta do país ficará hospedado e pelos próximos dias devem ir para um hotel. “Por causa de vários problemas na Vila Olímpica, como gás, sujeira, eletricidade e encanamento, os atletas australianos se recusaram a ficar naquele sinistro alojamento”. Vasos sanitários quebrados, vazamentos em tubulações, escuridão nas escadarias e lixo em todos os lugares foram encontradas pelos dirigentes da Oceania.
A sujeira e a imundície em Porto Velho começariam pelas ruas inabitáveis da cidade. Já pensou um atleta de renome internacional chegando a nossa suja e infecta rodoviária? E o nosso aeroporto “internacional” que não faz voo para lugar nenhum fora do Brasil? Como reagiriam competidores de primeira linha ao ver atletas locais pedindo esmolas nas ruas para poder participar de uma festa esportiva? E a inexistente mobilidade urbana da capital das sentinelas avançadas? Imaginem-se estrangeiros usando o interbairros ou visitando o terminal de ônibus urbano, que pode sofrer uma alagação do Madeira nas próximas enchentes. Aqui se vive diariamente uma verdadeira Olimpíada: como sobreviver numa das piores cidades do mundo sem a menor ajuda do poder público. Pior: Mauro Nazif deve se reeleger e o rosário de agonias continuará.
Sem nenhuma atração turística de importância e sem a menor infraestrutura que uma capital de Estado deveria ter, só nos restaria mostrar aos nossos visitantes o maior “São João fora de época” de que se tem notícia: o Flor do Maracujá. Com relação aos possíveis ataques terroristas não haveria nenhum problema. Qual o militante, por mais maluco e fanático que fosse, teria coragem suficiente para se explodir em Porto Velho? Se no Rio as coisas não andam nada boas para a realização desta desnecessária Olimpíada, por aqui essa loucura só teria sucesso se fosse uma espécie de competição que envolvesse a sujeira, a fedentina, a carniça, a desorganização e o lixo urbano. A “Olimpíada dos urubus e dos ratos” daria muitas medalhas de ouro para Rondônia. Com milhões de pobres e famintos, o Brasil deveria se preocupar em resolver seus infinitos problemas em vez de fazer festa esportiva. E Porto Velho acabar seu monturo.
*É Professor em Porto Velho
Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço
O dito acima encaixa-se perfeitamente na moldura do atual governo brasileiro. Aonde quer que vá, onde quer que esteja, o presidente Lula não se cans
A Onda Guerreira Ameaça Dominar os Diferentes Sectores da Sociedade: Um Apelo à Consciência
Kassel: do passado destruído ao presente Belicista Durante a Segunda Guerra Mundial, dois terços da cidade de Kassel, na Alemanha, foram reduzidos
Começou a “guerra dos ricos contra os pobres”
Aproxima-se a eleição presidencial. Motivado pela derrota acachapante que o Congresso impôs ao seu governo durante a votação do IOF, o presidente Lu
Há mais de meio século que o Brasil figura entre as dez maiores economias do mundo. O seu PIB é equivalente hoje ao de países como Itália, Rússia, C