Quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011 - 20h48
Por Ariel Argobe (*)
No dia 10 de fevereiro, mais uma vez, como de costume no período momesco, o samba foi intimado a se reunir no Ministério Público Estadual, Sala da Procuradoria-Geral, para tratar de assuntos referentes à realização do Carnaval de 2011.
Sub a batuta do Promotor Aluildo de Oliveira Leite, da 6º Promotoria de Justiça de Porto Velho, 3ª Titularidade (Habitação, Urbanismo e Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico), representantes da FESEC, UNIBLOCO, Fundação Iaripuna, SEMTRAN, SEMA, PM, SEMFAZ e Comissão de Análise de Eventos de Grande Porte ouviram os questionamentos do MP de Rondônia sobre o carnaval de blocos e escolas de samba.
A Promotoria que trata do patrimônio histórico, cultural e artístico, em nenhum momento, fez clara defesa da manifestação, da perpetuação e da preservação da cultura popular, em especial, neste caso, do samba, símbolo máximo da identidade cultural nacional, assunto que, também, de onde vejo, parece ser da competência dessa Promotoria.
Ao contrário, o MP enquadrou autoridades da municipalidade e produtores culturais da sociedade civil organizada, manifestando sua preocupação com a programação carnavalesca de Porto Velho, onde, segundo o Ministério Público, percursos e horários ferem o direito individual do cidadão, especialmente daqueles que não gostam de carnaval. Enfim, a tecla mais batida foi a da justiça, da cidadania e dos direitos individuais (temas de competência de outra Promotoria - entendo eu).
Ao ser convocado ao MP de Rondônia, para tratar de cultura popular (boi-bumbá,escola de samba e quadrilha junina), já vou com uma certeza: de participar de um debate onde a cultura popular, a identidade cultural, o mestre da cultura e o produtor cultural local participam sempre sentados no banco dos réus.
Está longe o tempo – que todos nós sonhamos - em que um dia seremos chamados para escutar do MP, medidas que garantam a manifestação cultural popular como um direito imanente e indispensável ao pleno exercício da cidadania. Conhecer atitudes do MP que enquadrem os poderes executivos, cobrando dos mesmos a institucionalização de políticas públicas continuadas, protetoras e democratizadoras do bem cultural imaterial.
(*) Ariel Argobe é artista plástico e Presidente da FESEC
“O eleitor brasileiro vota para passar quatro anos arrependido”
A frase que dá título a este artigo é do brilhante advogado Clênio Amorim Corrêa ao comentar recente colaboração de minha autoria. Não sem motivo es
Câmara de Porto Velho terá a maior renovação de sua história
Se os números das recentes pesquisas eleitorais estiverem certos, tudo indica que a Câmara de Vereadores de Porto Velho terá a maior renovação de su
Ainda sobre o vídeo dos purificadores de água
Em minha recente colaboração, comentei sobre um vídeo em que Felipe Neto aparece pedindo pix de R$ 4,8 milhão para comprar purificador de água da ma
Projeto de Tratado em detrimento dos Direitos humanos e das Liberdades fundamentais Na próxima Assembleia Mundial da Saúde, em 27 de maio, será votado