Domingo, 2 de setembro de 2012 - 19h57
A violência cometida pelo médico Sérgio Paulo de Mello Mendes Filho contra o jornalista Rubens Coutinho, do Tudo Rondônia, a julgar pelo histórico do agressor, é grave caso de polícia. Pode mesmo ser caracterizada como uma tentativa de homicídio, como a imprensa está falando, em razão do recente passado de ameaças feitas ao jornalista, que tornou público o comportamento pitbull do ex-diretor do Hospital João Paulo II.
A imprensa de Porto Velho tem de ficar atenta, porque ele poderá ser indiciado por lesão corporal quem sabe, quanto o histórico relatado às autoridades policiais pelo jornalista indica uma intenção criminosa mais substantiva. Um golpe com garrafa na cabeça ou nuca de alguém é ação de sérias consequências. Espero que o Rubinho tenha registrado boletins de ocorrência das ameaças, e o mesmo já tenha sido feito no caso da violência covarde consumada pelas costas, na sexta-feira, em um bar.
Mas por tudo que li e reli até agora, o comportamento do médico e lutador de jiu jitsu, para além de um caso de polícia, revela uma personalidade prepotente e desrespeitosa, o que é bastante comum em pessoas que ocupam cargos e têm profissão de relevo social. Parece ser uma mente perturbada, que não aceita ser contrariada e que usa da violência para legitimar uma condição que julga superior, acima do bem e do mal.
A violência é reação a algo que não vai bem, reação explosiva desencadeada por um processo em que nas relações sociais, sejam no trabalho ou no convívio familiar, imperam o desrespeito. De desrespeito em desrespeito vão se acumulando tensões, nervos ficam a flor da pele, quando mais tarde explode o ato violento.
Os comentários de internautas e o registro de jornalistas solidários a Rubens Coutinho, sejam nos sites ou nas redes sociais, especialmente no Facebook, convergem para a afirmação de que o doutor Sérgio é dono de personalidade desrespeitosa. Li depoimento de alguém que o conheceu profissionalmente no Cemetron, dele dizendo ser pessoa agressiva, de péssimo trato com funcionários.
Se o médico foi desrespeitado em algum momento e teve a imagem abalada porque o amigo Rubinho e também outros colegas da imprensa deram repercussão a um vídeo em que ele surtava dentro do Hospital João Paulo II, episódio que resultou em sua exoneração do cargo de diretor, deveria ter buscado o diálogo e a Justiça como instância adequada para reparação que compreendesse ser justa e necessária. Até onde sei, não fez uma coisa nem outra.
Sua opção foi infeliz, indesejada e não tem justificativa. É preciso punição rigorosa. Se prevalece a impunidade, é bem possível que muitos que se sentem ultrajados e ofendidos pelo exercício da liberdade de informar e opinar recorram ao mesmo expediente, o que será no fim estimular e valorizar a violência, visceralmente presente nos dias de hoje, em nossas cidades.
Que Rubinho logo se restabeleça, e com seu jeito intrépido e polêmico de sempre volte ao ofício que nos une há muito tempo.
Fonte: Mara Paraguassu
Email: maraparaguassu@amazoniadagente.com.br
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