Segunda-feira, 1 de dezembro de 2008 - 09h43
Moreira Mendes*
Na última terça-feira (25), proferi discurso na Câmara dos Deputados, solicitando providências do ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, com referência aos valores em reais cobrados pela Petrobras na venda dos combustíveis. Não se explica o fato de o preço do barril de petróleo ter sofrido redução de quase dois terços do seu valor, em dólar (desde o início da atual crise econômica mundial), enquanto a gasolina brasileira permanece em quase três reais o litro, como se nada tivesse acontecido. Esse tipo de procedimento pune de maneira cruel o consumidor brasileiro, imputando-lhe uma responsabilidade por uma crise que deveria ser colocada tão somente na conta dos grandes produtores industrializados. No entanto, muito pior do que essa atitude é o engodo a que nos vemos submetidos com a propaganda oficial dizendo que nadamos em petróleo.
Fala-se em pré-sal e em fantásticas reservas petrolíferas que estariam sendo descobertas, quando, na verdade, o Brasil continua dependente, importando petróleo barato e, ao mesmo tempo, cobrando preços abusivos dos consumidores. Por esse motivo, irei apresentar requerimento em plenário solicitando o comparecimento do ministro Edson Lobão na Câmara, para que justifique as razões de não terem sido ainda reduzidos os valores ajustados pela Petrobras para os derivados de petróleo.
Não é possível que se pretenda anestesiar uma nação inteira, com mágicas marqueteiras que objetivam tapar o Sol com uma peneira. Como no conto do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, "A Roupa Nova do Imperador", estamos diante de mais um caso em que o rei está nu.
A crise econômica mundial exibe outros disparates incompreensíveis para quem acompanha as providências anunciadas. No caso das taxas de juros, por exemplo, vemos que a maioria dos países industrializados reduziu consideravelmente os seus percentuais. Não é isso o que acontece no Brasil. As autoridades da área econômica tinham ventilado, inclusive, a possibilidade de aumentar os juros determinados pelo Banco Central, mas recuaram diante do claro absurdo que isso iria configurar. O pagamento de altas taxas de juros significa verdadeira extorsão para o trabalhador brasileiro, que não tem como garantir padrão de vida digno para si próprio e para os seus familiares.
O Brasil vive mergulhado na batalha inglória de insolúveis contradições: embora sendo país reconhecidamente riquíssimo em recursos naturais, seus produtos primários são vendidos a preço de banana e devolvidos em manufaturados por falta de uma política de industrialização nacional. É preciso que se dê início a um processo de divisão igualitária das riquezas nacionais entre aqueles que são seus verdadeiros donos: o povo brasileiro.
Com relação à camada petrolífera do pré-sal, tão insistentemente alardeada pela administração federal, não sabemos ainda quando começará a sua exploração. O que sabemos é que o preço dos combustíveis teria de ser reduzido imediatamente. A nação brasileira precisa acordar para esse absurdo que não dispõe de qualquer base de sustentação. Não é possível, como disse um grande estadista norte-americano do século 19, "que se continue a enganar a todos durante todo o tempo".
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