Sexta-feira, 11 de agosto de 2017 - 12h06
Temer começou a escapar do processo por corrupção passiva no dia 30 de junho, quando o ministro Luiz Fachin mandou soltar Rocha Loures, que estava preso desde o estouro da delação do grupo JBS, 27 dias antes, quando o Brasil inteiro o viu correndo, num vídeo gravado pela PF, com uma mala de dinheiro que recebera do delator Ricardo Saud. Desde então, está em prisão domiciliar, usando a tornozeleira que foi emprestada a fórceps pelo governo de Goiás. Ontem, Fachin desmembrou o processo em que ele e Temer são investigados. Com a decisão da Câmara de não autorizar a investigação de Temer, seu processo ficará sobrestado até o final do mandato mas Loures passará a responder imediatamente junto ao TJDF.
Quando Fachin mandou soltar Loures, o risco de que ele delatasse Temer foi afastado e isso contribuiu enormemente para que o governo conseguisse vencer a votação da denúncia na Câmara, ao custo de R$ 14 bilhões em emendas e outras prendas a parlamentares, como o Refis Rural para a bancada do boi. Mesmo solto, entretanto, agora Loures vai enfrentar o processo e ontem mesmo sua defesa esperneou, alegando que como correu, seu processo deve ficar amarrado ao do amigo. Os métodos do TJDF não são os de Sergio Moro mas, ainda assim, haverá o momento em que, temendo uma pena muito grande, ele pode optar pela delação premiada para reduzi-la.
A Polícia Federal, frustradíssima com a soltura dele em junho, sempre acreditou que, mais cedo ou mais tarde, ele acabará delatando Temer, podendo confirmar boa parte das revelações dos delatores da JBS. Os dois sempre foram unha e carne, tendo o próprio Temer dito a Joesley Batista, naquela gravação, que se trata de pessoa de sua “estrita confiança”, com quem o empresário poderia tratar “sobre tudo”. Ainda que uma delação só aconteça depois que Rodrigo Janot deixar o cargo, diante de revelações muito graves até a suspeita sucessora Raquel Dodge será forçada a apresentar nova denúncia (afora as que Janot terá proposto antes de deixar o cargo em 17 de setembro).
E aí começará tudo de novo, com a diferença de que a eleição estará mais próxima, a base esgarçada pelo desgaste da primeira votação, como já estamos vendo, e a munição de Temer, diante da crise fiscal aguda, estará praticamente esgotada.
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