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“O eleitor brasileiro vota para passar quatro anos arrependido”


Valdemir Caldas - Gente de Opinião
Valdemir Caldas

A frase que dá título a este artigo é do brilhante advogado Clênio Amorim Corrêa ao comentar recente colaboração de minha autoria. Não sem motivo está aspeado. Ela serve perfeitamente para ilustrar o que ocorre no cenário político nacional, sobretudo quando examinamos a mais recente pesquisa de avaliação do governo Lula. Os números da decepção com a administração do petista impressionam e vêm dos quatro cantos do todo país. Quase sessenta por cento da população brasileira perdeu a confiança no presidente. A esperança de um país melhor “para todos e todas” aos poucos vai desaparecendo.

Os que apostaram no “salvador da pátria”, com predicados de idealismo para mudar completamente o Brasil, caíram do cavalo. Mais empregos, melhores salários, menos violência e juros mais baixos, são promessas que, até hoje, não saíram do papel e, pelo visto, jamais sairão, assim como a diminuição dos índices de inflação. Lula não é mais querido como antes. Não empolga mais, perdeu a capacidade de mobilização, como ficou evidente no evento de 1º de maio, e, o que é pior, perdeu também a sensibilidade para avaliar os problemas do país e, consequentemente, apontar caminhos. Nem uma boa equipe de governo conseguiu montar. Tornou-se refém de um Congresso sedento por nacos de poder, com as devidas exceções. Para conseguir aprovar alguns projetos, o presidente precisou fazer alianças politicas com antigos adversários.

Muitos que acorreram às urnas movidos pela esperança e pelo entusiasmo, hoje, não conseguem disfarçar a frustração. A certeza de que com Lula a sociedade experimentaria profundas mudanças, transformou-se em pesadelo. O tão sonhado crescimento econômico, única forma efetiva de se combater o desemprego, elevando-se o nível da ocupação da mão-de-obra, parece cada dia mais distante. O luxo e a ostentação palaciana estão na ordem do dia, sob os aplausos velados dos bobos da corte.

No fundo, Lula parece ser o único que ainda acredita no seu governo. Só ele não percebeu que o Brasil vive uma profunda crise de caráter estrutural e organizacional. E que se o presidente não parar de ficar jogando para a plateia e, prontamente, encaminhar a solução para os problemas contra os quais a sociedade se debate, logo o Brasil mergulhará num profundo caos econômico, social e político. 

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