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O DINHEIRO DO CRENTE É PARA EVANGELIZAR - Por Humberto Pinho da Silva


Brian J. Grim esteve em Portugal. Grim é o Presidente da: “Religious Freedon & Business Foundation”.

A revista “ Sábado”, entrevistou-o. Entre as perguntas que lhe fez, houve uma, que valeu a seguinte resposta:

“ O impacto da religião é visível em vários sectores, quer se trate de uma mesquita, igreja, sinagoga ou templo. Nas maiorias cristãs, sobretudo as igrejas tornaram-se centros não só de culto, mas de outras atividades com impacto económico. Muitas igrejas têm escolas, centro de assistência social e desportivo. Isso implica salários, conta de eletricidade e luz e tantas outras coisas que é preciso gerir. Há um estudo que diz que se uma igreja ou uma congregação religiosa sair de uma cidade, o bairro onde está instalada entrará em declínio económico na década seguinte. Nos EUA, as pessoas visitam três vezes mais igrejas do que museus, quando querem apreciar arte – “ Sábado” 16 a 22 de Dezembro de 2017.

Grim, como alguns responsáveis pelas Confissões religiosas, parece preocupar-se mais com a igreja material, do que A espiritual.

Alguns sacerdotes estão mais interessados na promoção social, do que difundir o Evangelho, e levar almas a Cristo.

Pastores há, que vivem de congresso em congresso; que misturam: religião com política; vivendo do dizimo, e das doações dos crentes, quase sem evangelizarem.

O sacerdote deve viver do altar (Iº Co:9,13). Receber o bastante para que nada lhe falte; mas não para adquirir: viaturas topo de gama, aviões e luxuosas residências.

Quando andava a recolher dados biográficos de Diogo Cassels – pastor anglicano, que não foi canonizado, porque não era católico, – falei com jovem sacerdote para obter informações sobre o Sr.

Dioguinho (Diogo Cassels); e fiquei a saber, durante a conversa, Que, como o Sr. Dioguinho, também ele nada recebia da Igreja. Como Professor, tinha o bastante para seu sustento.

O dinheiro do crente, não pode servir para se viver, em almoços de “ serviço”, e em hotéis de cinco estrelas; mas para cuidar necessitados e atividades evangélicas.

Era assim que Fr. Bartolomeu dos Mártires, pensava. Diz Frei Luís de Sousa – um dos nossos melhores clássicos, – que o Arcebispo, dizia a quem o censurava de sovinice:

“ Do casal que herdei de meu pai posso dispor à minha vontade. Enriquecer o meu sangue com o alheio, que são bens da Igreja, deputados somente pera obras pias, não sei teologia que aconselhe nem consinta – “ Vida de D. Fr. Bartolomeu dos Mártires”, de Frei Luís de Sousa. Edição da Sá da Costa, 1946 - Volume II, Cap. XXV, Pág.: 174.
Infelizmente nem todos são como o Arcebispo, se o fossem, o cristianismo estava mais expandido, e a evangelização era mais convincente.

Todo crente, dentro das suas posses deve auxiliar a Igreja. Sem dinheiro, a evangelização torna-se difícil. Meio fácil, e sem custo, é doar no Imposto de Renda, a percentagem que o Estado oferece às comunidades religiosas. Quantos católicos contribuem, por esse meio?

Uma percentagem ínfima. Grande parte “ esquecem-se” de o fazer.

Há católicos, que “ choram”, os contributos anuais para a paróquia. Em regra, dá-se o que se quer.

Conheço crente, que vive no interior; quando solicitado para pagar a côngrua, responde: “ Para o padre nada dou! …” E vive na abastança e grande luxo!

Em conclusão: se sacerdotes há, que vivem como nababos. Há, igualmente, fiéis, que pouco se preocupam com a divulgação da Palavra.

Por tudo isso, é que, decorridos mais de dois mil anos, o cristianismo ainda não chegou a todos…e até está regredindo em muitos países.

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