Terça-feira, 25 de setembro de 2018 - 08h09
Um dos assuntos mais relevantes do debate nacional no momento é a recuperação do equilíbrio das finanças públicas. Há farta evidência de que desequilíbrios fiscais permanentes causam impactos extremamente negativos para a economia. Apesar dos sucessivos déficits nos últimos anos, a pressão por aumentos de gastos é forte e crescente: a infraestrutura brasileira demanda muitos investimentos, diversos setores vitais para a sociedade ainda têm carências dramáticas, a pressão de grupos organizados por incentivos fiscais é substancial e muitas categorias fortes de servidores públicos também sinalizam inquietações por aumentos de salários.
O teto de gastos públicos – implementado pela Emenda Constitucional nº 95, no fim de 2016, – tem sido fortemente contestado por muitos atores políticos relevantes. É incerto se sobreviverá e os termos em que será interpretado.
O debate sobre a capacidade de regras fiscais (como a Lei de Responsabilidade Fiscal e o próprio teto de gastos) assegurar o equilíbrio das contas públicas é internacional. Na Europa, os tetos de 60% do PIB para a dívida pública bruta e de 3% de déficit público nominal, estabelecidos pelo Tratado de Maastricht, foram ignorados na prática.
A grande discussão nesse campo hoje é como implementar regras fiscais simples, flexíveis e que sejam efetivamente cumpridas. Não é fácil, porque flexibilidade pode implicar sofisticados mecanismos de escape, que tornam as regras sujeitas a interpretações que afrouxem o efetivo cumprimento. Ou seja, cumpre-se formalmente, mas, na prática, há uma expansão do desequilíbrio. Por outro lado, se as regras fiscais não dispuserem da flexibilidade necessária, podem sufocar de tal forma a economia e a sociedade que se tornam contraproducentes. É como um remédio que mata o paciente pelo efeito colateral. O debate requer cuidadosa análise sobre custos e benefícios, a fim de não se resvalar em soluções aparentemente fáceis, mas que só trazem frustrações no futuro.
*Edilberto Carlos Pont / es Lima – Presidente do TCE Ceará e autor do livro Curso de Finanças Públicas: uma abordagem contemporâneapontes.lima@uol.com.br
Domingo, 14 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)
Uma herança maldita que o governo Rocha deixará para seu sucessor
Se você está entre aqueles que acham que o governo Marcos Rocha deu passos importantes na execução de programas e projetos que contribuíram de algum

A decisão de emergência da UE sobre ativos russos exige vigilância do cidadão
Introdução: Um Precedente PerigosoA recente decisão da União Europeia de manter imobilizados os ativos do Banco Central da Rússia, baseada numa cl

Segredo no rombo do Master: STF proíbe os brasileiros de saberem detalhes e nomes de quem nos roubou
Realmente, estamos vivendo tempos tenebrosos, governados por magistrados das cortes superiores, todos sem um só voto popular e que tomam de

Bruno Scheid, Fernando Máximo, Mariana Carvalho, Marcos Rocha, Fátima Cleide, Marcos Rogério e Silvia Cristina. Esses seriam alguns nomes ao Senado
Domingo, 14 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)