Quarta-feira, 17 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

Não é bom misturar política e religião


Não é bom misturar política e religião - Gente de Opinião

Estudo aponta para o crescimento significativo no Brasil dos que se dizem evangélicos. O mesmo levantamento garante que, daqui a dez anos, eles terão superados os católicos, cujo número vem caindo. Não sem motivos, políticos das mais variadas colorações partidárias vêm procurando aproximar-se dessa importante e decisiva parcela do eleitorado, capaz de fazer mudar a posição da balança eleitoral, independente da esfera em que se realize. É comum ouvir entre pessoas do meio, por exemplo, que os evangélicos fizeram a diferença na eleição de Jair Bolsonaro à presidência da República. E o próprio presidente não somente reconhece o peso eleitoral do povo evangélico como também faz questão de realçar o respeito e a admiração que nutre por essa parcela da população, inclusive indicando e nomeando evangélicos para postos-chave da República.

Se, por um lado, há quem festeje a ideia, por outro, há quem se sinta incomodado com o crescimento dos evangélicos, principalmente com a postura de suas principais lideranças no que se refere ao enfretamento da corrupção. Exemplo disso é o ex-presidente Lula. Em agosto deste ano, em uma de suas aparições burlescas, o petista teria dito disse que, se retornasse à presidência da República, enquadraria padres e pastores, mas logo mudou o conteúdo do discurso. A mudança veio durante uma dessas reuniões enfadonhas com membros da cúpula petista, quando Lula disse que o partido deveria criar o “momento evangélico” em sua TV, mais uma de suas bravatas para tentar suavizar as baboseiras que tem dito sobre essa porção da sociedade.

Não escondo minha admiração e meu profundo respeito pelo segmento evangélico. Tenho amigos e amigas em várias denominações. Só discordo quando algumas delas resolvem mistura religião e política, cedendo, inclusive, seus púlpitos, que é um local sagrado, reservado para pregação da palavra de Deus, para serem usados por políticos demagogos e bravateiros. Aliás, em sua passagem por este mundo, Jesus   deixou isso evidente. Quando provocado por um fariseu sobre se seria licito para um judeu pagar imposto a Cesar, antes de responder-lhe, porém, Jesus o repreendeu. Depois, pediu que um deles apresentasse uma moeda romana e então perguntou qual era o nome e a inscrição que estavam nela, ao que prontamente ele respondeu que era de Cesar. Então Jesus proferiu a Sua célebre frase: “Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. Em síntese, Jesus deixou claro que as coisas de Deus não se misturam com as coisas deste mundo. 

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 17 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Um governo sob pressão

Um governo sob pressão

O governo Marcos Rocha tornou-se alvo preferencial de críticas as mais variadas. Algumas, justificáveis, pois carregam na sua essência o bem-estar d

A questão da ética na politica

A questão da ética na politica

Tenho sustentado neste espaço, até com certa insistência, a importância da ética na política, principalmente quando começam a surgir nomes nos mais

O exemplo do rei Canuto dos Vândalos  O exemplo do rei Canuto dos Vândalos

O exemplo do rei Canuto dos Vândalos O exemplo do rei Canuto dos Vândalos

Houve uma época em que ao roubo e ao furto se aplicava a pena de morte. Eram tempos de barbárie, onde a punição, por mais desproporcional e cruel, n

Mutirão de Saúde: a melhor solução

Mutirão de Saúde: a melhor solução

De todas as tentativas feitas por este e outros governos locais para resolver o grave problema de desassistência à saúde em Rondônia, os mutirões re

Gente de Opinião Quarta-feira, 17 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)