Terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - 05h05

247 - Ao homologar os 77 depoimentos da Odebrecht, a ministra Cármen Lúcia "frustrou a operação-abafa, mas escolheu não dar o passo seguinte. Mineiramente, ela evitou contrariar mais interesses e manteve a papelada em sigilo. A decisão foi recebida com alívio pelos investigados, que temiam a divulgação imediata das delações", escreve o colunista Bernardo Mello Franco.
"A opção de Cármen dá uma sobrevida aos políticos dedurados pela Odebrecht. Alguns deles estão prestes a acumular mais poder. É o caso de Rodrigo Maia, o "Botafogo", e Eunício Oliveira, o "Índio". Mesmo citados na lista da empreiteira, os dois são favoritos para vencer as eleições internas da Câmara e do Senado.
O governo também ganha tempo. Com vários ministros na berlinda, Michel Temer continuará livre para tocar a agenda sem ser incomodado pela polícia. Isso explica seu ar despreocupado ao dizer, em Pernambuco, que a presidente do Supremo "fez o que deveria fazer".
Há motivos razoáveis para se defender o sigilo sobre as delações. A divulgação pode atrapalhar o trabalho dos investigadores, e todas as acusações dependem de provas para ter valor legal.
Por outro lado, o sigilo dá uma vantagem extra aos políticos que têm foro privilegiado. Na primeira instância, onde a transparência se tornou regra, os depoimentos costumam ser divulgados em poucas horas. No Supremo, delações e processos se arrastam por tempo indefinido, sem a garantia de que irão a julgamento.
Já que o apocalipse é inevitável, seria melhor que ele chegasse logo. Se a investigação demorar demais, muita gente poderá se safar antes de prestar contas à Justiça. Seria um bom negócio para dezenas de políticos, mas não para o eleitor."
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