Sexta-feira, 6 de outubro de 2017 - 05h06
247 - De acordo com a pesquisa "Medo da Violência e Apoio ao Autoritarismo no Brasil", o país não foge à regra: quanto mais amedrontada a população, maior a sua propensão a apoiar o autoritarismo —que, vale lembrar, manifesta-se à direita e à esquerda.
Produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o estudo explorou o grau de medo da população brasileira a partir 16 situações de violência ou vulnerabilidade.
O resultado foi um índice em que zero é a ausência de medo e 1 é o medo de sofrer todos os tipos de violência descritos aos entrevistados.
Numa média de 0,68, têm-se que mesmo os 25% dos brasileiros que menos sentem medo obtiveram índice de 0,5, enquanto aqueles 25% que mais sentem medo da violência atingiram 0,94. Ou seja, não há no país quem não tenha medo razoável.
"O medo é estruturante das relações sociais. E, numa conjuntura de muitos crimes e desemprego, as pessoas se sentem inseguras e ameaçadas", explica o sociólogo Sérgio Adorno, coordenador do Núcleo de Estudos da Violência da USP. "O conservadorismo aparece quando elas não confiam que as instituições e políticas vigentes possam lhes trazer segurança."
No Brasil, essa combinação é dramática. O país é recordista em homicídios, com cerca de 60 mil casos por ano, e apresenta altos índices de criminalidade violenta.
A confiança nas instituições também vai mal: apenas 25% da população confia na polícia; 29%, no Judiciário; 11%, na Presidência da República e 10%, no Congresso, segundo levantamento de 2016 da FGV. Nesse contexto, parece natural a queda no apoio à democracia detectada em setembro por pesquisa Datafolha.
A noção de que a democracia é sempre melhor que outras formas de governo obteve no mês passado a concordância de 56% dos eleitores. Já em dezembro de 2014, a afirmação era apoiada por 66% dos entrevistados.
As informações são de reportagem de Fernanda Mena na Folha de S.Paulo.
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