Quinta-feira, 11 de julho de 2024 - 14h47
Em recente colaboração sobre o abastecimento de água potável da cidade de
Porto Velho, por conta da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia, escrevi que
a Caerd é um caso perdido, pois o governador Marcos Rocha poderia
tranquilamente mandar fechar suas portas e jogar as chaves no fundo do rio
Madeira que ninguém sentiria falta, excetos os políticos fisiologismo. Depois,
transferiria essa atividade do poder público à iniciativa privada, mas um
leitor rechaçou a ideia, dizendo que, em algumas capitais onde o sistema de
abastecimento de água e esgotamento sanitário foi privatizado o serviço
prestado à população não melhorou.
Compreendo e respeito a opinião do leitor, provavelmente, um
sindicalista, pois se existe uma coisa que sindicalistas não gostam é de
privatização. Alguns, inclusive, sentem urticária só de ouvir essa palavra. Afinal,
ninguém quer perder receita e, uma vez privatizada a Caerd, a primeira
providencia seria o imediato enxugamento da máquina, com a dispensa da mão de
obra eventualmente improdutiva, o que, na prática, significaria menos gente
contribuindo. Na sequência, parte dos serviços seria terceirizado, eliminando,
assim, a praga do fisiologismo, tão ao gosto de políticos brasileiros, sempre
ávidos por nacos de poder.
A Caerd está doente. E não é de hoje. Isso não é novidade para ninguém. A enfermidade que vem corroendo suas combalidas estruturas chama-se incompetência. Se não é para fechar a Caerd e jogar as chaves no fundo rio Madeira, muito menos privatizá-la, então, fazer o quê? O caminho foi indicado por outro leitor da coluna. E a decisão está nas mãos do governador Marcos Rocha. A cura para a doença da Caerd passa, necessariamente, por um choque de gestão, começando pela substituição de indicados políticos por técnicos devidamente capacitados para o exercício do cargo. As doses não podem ser homeopáticas, mas cavalares. Caso contrário, o paciente corre o sério risco de não sair vivo da UTI. O acesso à água potável de qualidade é um direito da população, em qualquer lugar do planeta. Dai a importância de acabar com esse puxa-encolhe e resolver a questão do desabastecimento de água na capital de uma vez por todas.
* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.
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