Sábado, 2 de abril de 2016 - 08h30
Nada de negativo na política surpreende mais os brasileiros. Quando se pensa que já se ultrapassou o fundo do poço, eis que surgem mais gravações, mais baixarias, mais sujeira, mais cinismo e distorções de todos os lados.
O impeachment agora é golpismo, sob o argumento de que a presidenta foi eleita. Não dizem que só existe processo de impeachment em democracias e sobre governos eleitos. O Partido dos Trabalhadores tentou afastar todos os presidentes que o antecederam e, como lhe era conveniente, mencionava sempre que não basta a legalidade, ser eleito – que é necessário legitimidade, apoio popular.
Para os governistas, quem defende o afastamento da presidente é alienado, por conta de que o atual vice-presidente em nada vai melhorar o país. Não dizem uma vírgula sobre ser a Constituição federal que determina obrigatoriamente a ordem de substituição da presidente.
Também não se clareia sobre o fato de que o vice-presidente foi eleito com os mesmos votos, a mesma legitimidade, a mesma bandeira da presidente. Formaram uma única chapa. Não foi a oposição quem pariu esse, agora, extraterrestre.
Lula foi grampeado e gravado falando com a presidente da República sobre sua nomeação para ministro de Estado. O resto fica por conta das explicações esdrúxulas. O termo de posse, cuja definição veio depois e sem ser mencionado na conversa, foi enviado para uso “em caso de necessidade”... Contexto e inteligência mediana são desprezados tranquilamente. A palavra final, aí, cabe ao Supremo Tribunal Federal.
As conversas gravadas de Delcído Amaral, Aloisio Mercadante e entre Lula e Dilma Roussefff são semelhantíssimas, mas só o senador foi preso em flagrante. A Justiça brasileira ainda balança e dança conforme a importância do gravado.
O juiz Sérgio Moro foi escolhido como o adversário a ser abatido pelo Poder Executivo. O crime dele: atuar firme no combate à corrupção. Em qualquer país mais consolidado institucionalmente, o Poder Judiciário seria respaldado e fortalecido. Aqui, grande parte da mídia o condena, sob o argumento de querer aparecer. Ninguém se torna notório apenas porque quer. Eu busco espaço na mídia para acabar com a sujeira das cidades há 30 décadas e não consegui até agora.
Se algum erro ou excesso foi cometido, puna-se, mas jamais buscar diminuir uma atuação firme e corajosa no combate à corrupção.
Seria incalculável o valor corrompido se não tivesse surgido esse obstáculo. Até por que, enquanto o esquema está funcionando bem, o cordão não para de crescer na quantidade de pretendentes e nas quantias abocanhadas. Todos perdem num esquema de corrupção, até quem o defende por ingenuidade, por ideologia ou por qualquer outra razão.
Joaquim Barbosa começou a golpear a corrupção e a certeza de que alguns são inalcançáveis pelas leis. Não se inibiram e se deram mal em continuar apostando que seria um caso isolado. Aí apareceu Sergio Moro. Não sei qual dos dois o Papa Francisco deve beatificar primeiro.
Com relação à corrupção em si, malandramente é difundida por parte da mídia e de políticos, a ideia de que tirar uma cópia de um documento numa máquina do serviço público seria igual a surrupiar 6 bilhões de reais da Petrobras. Essa má-fé difundida tem o objetivo de proteger o andar de cima e tem o potencial de causar mais danos a todos do que os valores astronômicos desviados dos cofres públicos.
Pedro Cardoso da Costa
Bacharel em direito
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