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FLOR DO MARACUJÁ: O Disfarce que todo mundo (Não) Viu


 
 
Por Paulo Silva (*)

Disfarce. Vocábulo: 1. Ação de disfarçar-(se). 2. Aquilo que serve para disfarçar. 3. Fingimento, dissimulação. 4. Fig. Máscara. Dic. Aurélio. Ed. N. Fronteira – pág  481. A  XXVIII  Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás do Arraial Flor do Maracujá encerrada neste Domingo (5 de julho de 2009),  teve seu regulamento arranhado no quesito personagens, ítem 03 (Os Mascarados) senão vejamos: Elementos  comparativos – Indumentária, cênica, criatividade e desenvoltura. Os Mascarados que são quatro, relativamente à apresentação do Bumbá Diamante Negro, se mostraram em número de três, indo de encontro àqueles próprios do folguedo que são; Cazumbá, Pai Francisco, Mãe Maria e Catirina.  Para agravar a total desatenção dos senhores julgadores, os três “Mascarados”, que deveriam ser quatro, não usavam a tradicional e indispensável máscara, que dá nome aos personagens. Nos parece, que os julgadores do quesito (Mascarados), não perceberam o que todo mundo viu, a ausência daquelas personagens, o que tira da Comissão Julgadora a necessária isenção e o caráter de imparcialidade, que devem nortear os julgamentos. A Máscara naqueles brincantes, é componente essencial da sua indumentária, e a ausência já referida, deveria ser anotada pelos julgadores, sem esquiva, lançando na planilha de pontuação, a nota merecida (zero), atendendo dessa maneira, os termos do Regulamento da Mostra. Ao contrário do bom senso, o resultado de tal esquivança. privilegiou o grupo de Boi-Bumbá aclamado vencedor, em resultado pífio, de prejuízo irreparável, que vem em detrimento da manutenção da nossa cultura, abrindo frontais precedentes que poderão comprometer o seguimento, face à falta de conhecimento da brincadeira, bem como, a não observância ao  Regulamento.  O vencedor nada tem a ver com o resultado desastrado, mas o seu troféu está carimbado com esta pecha.   Além de convivermos com toda a imitação caricaturizada advinda da Ilha, agora,  é aplicado o disfarce de que “o regulamento não explicita que os mascarados devem usar máscaras”, como disse a respeitável professora, num frontal atentado ao óbvio ou seja; máscaras... mascarados... No entanto, necessário é atentar para o que nos resta de tradição; do contrário seremos fadados à outra pecha, a de  parafolclóricos...
(*) O autor é estudioso do folclore e demologia amazônida.

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