Quinta-feira, 3 de novembro de 2016 - 10h46
Professor Nazareno*
Muito antes de Hildon Chaves do PSDB ser eleito prefeito de Porto Velho em 2016, eu já amava esta cidade. Agora, claro, amo muito mais ainda. O ex-promotor de justiça é um homem íntegro, honesto, pacífico, empreendedor, justo e poeta. Seus versos de extrema profundidade e conteúdo intelectual deveriam lhe render um Nobel de Literatura. Mas entendo que a prefeitura de Porto Velho já lhe cabe muito bem como prêmio. Sei que outras grandes vitórias virão. Vive a síndrome do escolhido. Arrebatar do nada quase 150 mil votos criticando a cidade não é para qualquer um. Quanto a mim, pobre coitado, nenhum voto de consolação ao tentar mostrar a verdade sobre este mesmo lugar. Fui linchado virtualmente e me consideraram simplesmente um verme. Uma “persona non grata”, um desqualificado, um pária social, um escroque, um nada.
Estou chateado e muito aborrecido e quero ir-me embora daqui. A ingratidão e a insensatez da maioria dos habitantes da capital de Rio Branco (ou de Roraima?) me afetaram profundamente. Fiz uma burrice das grandes e não há mais espaço para mim por aqui. No dia em que publiquei meu texto, por exemplo, os vereadores desta capital tramavam um aumento de salário para si na ordem de 50% em seus vencimentos. Querem ganhar agora “somente” 18 mil reais por mês. Preocupados em achincalhar nas redes sociais o “pária Nazareno”, muitos eleitores e filhos de Porto Velho se esqueceram de protestar. Até os “rondonienses de coração” passaram batidos. Mas tenho certeza de que os novos edis não vão aceitar essa “ofensa” em suas contas bancárias e em nome do povo sofrido de Porto Velho vão renunciar a essa imoralidade.
Saio deste lugar, mas com muita pena. Onde encontrarei um povo bravo, ordeiro e aguerrido como esse daqui? Onde encontrar uma gente que convive pacificamente com políticos ladrões e incompetentes e com tantas obras inacabadas e não dá um pio sequer? Mas o “o portovelhense é um forte”, acima de tudo. Como me sinto um derrotado, queria ir embora em grande estilo. E vou avisando: em lombo de jegue, não. Deixei de ser nordestino há tempos. Pode ser de avião? Há passagens aéreas neste lugar, mesmo “aquelas mais em conta”? E quero ir ao aeroporto sem passar pelo Espaço Alternativo. Aquela obra de grande valor e beleza me causaria uma espécie de banzo. Pense num povo que é respeitado pelas suas autoridades: área de lazer para todos. É só felicidade. Será que perderei a rara oportunidade de ver o meu lar e o ar perfumados?
Sentirei saudades do lodaçal, claro. Mas não quero sair também pela rodoviária infecta e nem pela BR dos viadutos tortos e inacabados. Pela ponte escura, nem pensar. Será que me readaptaria a Curitiba, Maringá, Chapecó, Gramado ou Canela? E assistir ao Jornal Nacional e ao Fantástico da Globo ao vivo e sem gravação atrasada? E cursos de Medicina sem ter um hospital universitário, onde verei? Tomara que o Moro nunca venha aqui. Viver em cidades com quase 100% de água tratada, saneamento básico e boa mobilidade urbana deve ser um horror. Na internet sentirei falta de sites de altíssima credibilidade como “O Nortão” e da requisitadíssima página do Facebook “Humor em PVH”. Democráticos, imparciais e com milhões de acessos, esses dois imprescindíveis órgãos de comunicação locais me fariam muita falta lá no Sul. E torço para que o Dr. Hildon e seus fichas limpas façam tudo com amor. Porto Velho, eu te amo. E até breve!
*É Professor (ainda) em Porto Velho.
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