Sexta-feira, 10 de outubro de 2008 - 21h55
Prof. Ms. Adilson Siqueira de Andrade
Estamos vivendo a ressaca das eleições municipais. De antemão quero aqui agradecer os votos que recebi como candidato a prefeito de Porto Velho, bem como os votos dados aos meus companheiros candidatos a vereadores do Partido Socialismo e Liberdade - P-SOL. Sabíamos, como sabemos, das grandes dificuldades em construir um projeto novo, principalmente quando em nível nacional e internacional - o socialismo. Quero iniciar aqui, espero uma série de artigos. A princípio, apenas algumas pontuações.
Essa campanha de 2008 foi marcada, a meu ver, por aqueles que tinham recursos financeiros e a máquina administrativa, e os que não tinham. A curiosidade faz com que se pergunte: quem pagou a conta dos endinheirados? Sim, pois conhecemos vários desses e não é de agora. Muitos daqueles que apareceram com muitos recursos eram desempregados até pouco tempo, filhos de famílias humildes, hoje muitos são servidores públicos, trabalhadores comuns, muitos recém-formados, alguns até foram meus alunos, outros ainda são estudantes. Então como conseguiram tanto dinheiro? Mesmo os candidatos empresários por que se lançaram com tanta sede ao pote, gastando tanto? Tentando responder sobre o acúmulo do poder econômico, os patrísticos no início da Idade Média diziam que só existem duas formas de ficar rico, ou roubando ou de herança, mas esta última também foi fruto de roubo.
Muito se falou de ética nessas eleições. O primeiro compromisso que parecia sério foi na sede da OAB/RO, fiz até um pronunciamento e assinei juntamente com todos os candidatos a prefeito e entidades ali presentes, em uma seção tumultuada, um documento sobre o compromisso com a ética na campanha. A entidade que recepcionou não teve competência para coordenar o debate e, a partir daí, não podia mais ser a referência para o processo.
No período de campanhas eleitorais é comum e aceitável que as pessoas indignadas, humilhadas com os seus dirigentes procurem candidatos de oposição para denunciar desvios de recursos públicos, uso da máquina administrativa, assédio moral etc. Isso aconteceu, mas, se alguns dos candidatos denunciavam, logo aquele que a carapuça servia dizia: faltou-se com a ética. O pior é que de forma sofismável fazia com que a sociedade acreditasse. Sociedade essa carente, sem formação política de base, manipulada por aqueles que deveriam ter o sagrado respeito - foi humilhante. E as instituições e pessoas "sagradas" nada diziam. Mas, como diz Max Weber, não existe neutralidade científica. Assim também pode se afirmar que não existem Instituições e pessoas neutras, mesmo os dirigentes dessas Instituições que deveriam se distanciar do objeto para compreender e julgá-los.
Observaram-se os casuísmos daqueles que para se manter, ou nos cargos comissionados ou recebendo privilégios como fornecedores, empenharam-se, e de forma vergonhosa, aceitavam situações que não visavam o bem comum, mas o puro interesse individual.
A imprensa, com raríssima exceção, cumpriu o seu papel como aparelho ideológico de dominação. Presenciou-se em algumas ocasiões o vexame de profissionais da área da imprensa em aplaudirem e até chamarem de "muito bem, chefinho", coisa desse gênero.
Agora de volta a Universidade Federal de Rondônia, terei orgulho de continuar fazendo aquilo que sempre fiz, ministrar aula em uma Instituição pública como professor há 26 anos.
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