Terça-feira, 19 de julho de 2016 - 14h56

Júlio Correia Neto,
coach e gestor de mudanças
Tenho observado que muitos desempregados tentam ao máximo não aceitar qualquer tipo de trabalho, qualquer tipo de remuneração. É comum escutar frases do tipo: ‘por esse valor prefiro ficar em casa’.
As pessoas estão cansadas, saturadas de serem exploradas, de darem seu sangue, sua energia em jornadas muitas vezes insanas de trabalho de mais de 10 horas por dia, para receberem uma remuneração, que muitas das vezes, mal dá para sobreviver.
Por vezes, escutamos notícias de que o Brasil vai sofrer falta de mão de obra qualificada. Isso gera um espaço aberto para importarem os desempregados ‘gringos’, depois de estarem estimulando tanta gente boa a ir viver no exterior.
Ninguém está preocupado com a pressão social que está sendo gerada. Pelo contrário. A pressão está cada vez maior no sentido de gerar mais pobreza, mais pessoas arruinadas e dependentes da esmola desse sistema mesquinho e podre. Vivemos num antagonismo assustador entre uma minoria roubando descaradamente enquanto milhões e milhões vivem, literalmente, ‘na rua da amargura’.
Costumo sempre dizer que não adianta continuar vivendo dentro de uma bolha ilusória de ostentação sitiada pela violência à volta, com medo de tudo e de todos. E o mais engraçado disso tudo: a vaidade, a soberba, a indiferença, a arrogância, o orgulho continuam lá no primeiro lugar do pódio. A ignorância humana prepondera.
Quantos ‘líderes’ ainda vejo evitando ao máximo se misturarem com os funcionários ‘por se acharem, simplesmente, melhores’. Sendo que alguns deles são da mesma origem. A falta de humildade os fazem esquecer disso e de que a vida costuma pregar surpresas, de que nada é eterno, ao longo da caminhada. Por exemplo, subalternos que se tornam os chefes, doenças graves que aniquilam vidas e sonhos, falências, quebradeiras e negócios malfeitos.
É ilusão acharmos que estamos seguros em algum lugar do mundo. A degeneração social é global e ainda temos que assistir políticos propagando ainda mais divisionismo, intolerância e racismo.
Como muitos conseguirão fugir do desemprego formal através de atividades paralelas, se milhões estão seguindo pelo mesmo caminho? Fica claro que não termos demanda suficiente para satisfazer a oferta, principalmente considerando que a grande maioria trata-se de mão-de-obra desqualificada. O preço da ignorância alimentada por anos a fio, cobra o seu preço e muito caro. A falência é sistêmica.
Em muitos casos estou percebendo situações do tipo ‘tirar leite de pedra’. A concentração do poder e dos negócios está se intensificando em paralelo a um maior nível de automação de processos. Com isso, a tendência é que cada vez mais pessoas fiquem fora do jogo e sejam empurradas para a periferia.
Joyce Nogueira
Drumond Assessoria de Comunicação
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