Quarta-feira, 18 de outubro de 2017 - 18h05
.jpg)
A OAB tem se colocado, desde sempre, à disposição das autoridades governamentais ligadas à educação para trabalhar pelo aprimoramento dos cursos jurídicos instalados no país. Para auxiliar na avaliação adequada qualidade do ensino e inclusive estimular as entidades e instituições honestamente interessadas em oferecer formação de alto nível ao alunado. Não é pouca coisa. Imagine o interesse que a chancela da OAB pode despertar entre os interessados na busca de formação superior em Direito? Não tem preço! Mas o Ministério da Educação, sempre colocado no balcão de negócios político-partidários pelos sucessivos "governos de coalizão" - essa apófise política à qual os governantes se sujeitam em busca de sustentação parlamentar -, tem sistematicamente se negado a dedicar ao setor a atenção que o interesse da população exige.
A avaliação é do Conselheiro Federal e ouvidor nacional da OAB, o advogado rondoniense Elton Assis, que confirmou ontem a disposição da entidade de exigir na justiça a revisão da autorização do MEC para implantação dos cursos de formação à distância de técnicos e tecnólogos em serviços jurídicos. É, na verdade, um verdadeiro estelionato educacional, posto que destinado a formar precariamente candidatos a uma profissão que não existe, sem qualquer perspectiva de absorção pelo mercado.Elton Assis assinala que a decisão pelo recurso ao judiciário já está tomada: pendente apenas definir a medida judicial, o que deverá ocorrer nos próximos dias.
É forçoso imaginar, segundo Elton Assis, que interesses milionários alicerçam o fortíssimo lobby das empresas do setor em favor da autorização e reconhecimento de tais cursos. Para os empresários é uma verdadeira mina. Afinal, os cursos não exigem professores com mestrado ou doutorado: basta uma simples especialização, o que maximiza os lucros dos empresários. O primeiro curso reconhecido, conforme publicação do Diário Oficial da União, edição de 04 de outubro, foi o"curso à distância de Gestão de Serviços Jurídicos e Notariais (Tecnológico) do Centro Universitário Internacional (Uninter)", com 3 mil vagas. A partir de então as demais faculdades interessadas poderão conseguir seus objetivos de forma isonômica.
Mas se não existe mercado para aproveitamento dos "profissionais” a serem formados, então não haverá procura, certo? Errado. Especialistas do setor asseguram que existe procura pelo curso, e um procura grande. Eles explicam que o curso à distância, é mais barato e rápido do que uma graduação em Direito. No entanto, não existe clareza quanto às funções que serão desenvolvidas por tais profissionais que não redundariam em exercício ilegal de profissão.
A verdade é que o curso superior de tecnólogo não é para criar uma “carreira específica”, como aparenta ser. O objetivo é aumentar o fluxo de receita com a oferta de um "jeitinho" de obter um diploma, que na prática não terá espaço no mercado de trabalho, já que o exercício profissional está regulado por um conselho de classe e exige a formação no curso de Direito. E o aval do MEC, que concede regularidade a essa modalidade, não faz com que deixe de ser um estelionato educacional, especialmente porque a formação destes futuros tecnólogos será, inequivocamente, capenga. O aspecto pedagógico é o que menos importa neste caso. Mas a OAB vai mobilizar toda a categoria para reverter esse verdadeiro engodo na justiça - afirma Elton Assis.
Sábado, 6 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)
A política do tempo dos coronéis
Tem gente que acha que basta o presidente da República, o governador ou o prefeito escolher seu sucessor e todo mundo vai votar no seu candidato. Is

Não tem prefeito que dê conta de resolver os problemas da cidade que administra se os habitantes não colaborarem. Não se pode negar que Léo Moraes es

O Banco Master, do senhor Daniel Vorcaro, está no centro de uma crise financeira. Tudo indica que houve gestão fraudulenta. O Master oferecia taxas

Transporte Público Gratuito: 78 bilhões no colo do setor produtivo
O Governo não para de criar propostas mirabolantes para agradar o eleitorado com políticas assistencialista e prepara, mas uma festa. O “bolo”, poré
Sábado, 6 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)