Sábado, 29 de agosto de 2015 - 05h22
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O procurador Ricardo Trindade, do MPF em Rondônia, faz campanha num spot, ouvido em algumas emissoras de rádio da capital, convidando a população a entrar num determinado endereço eletrônico e votar a favor de que a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré seja eleita Patrimônio da Humanidade, uma proposta que, com certeza, já deve ter sido seguida por muita gente aqui nas “terras de Rondon”, haja vista o apelo que o convite conduz e o orgulho que dará em cada um de nós caso seja feita essa escolha.
Mas, convenhamos: tornar a EFMM Patrimônio da Humanidade e correr o risco que os seus “restos mortais” fiquem entregues à sorte como ocorre atualmente, e que ficou muito pior nos últimos anos, apesar dos recursos e projetos anunciados por prefeitos, governadores e gestores públicos ligados à questão, mas cujos recursos devem estar só Deus sabe em que lugar.
Há coisas que acontecem com os restos mortais da Madeira-Mamoré que, como diz a música do grande Luiz Gonzaga, até Deus duvida. Ainda dia 26 o site rondoniaovivo.com denunciou sob o título “Cena da Cidade – Desocupados estão roubando material da EFMM”, aquilo que há muito tempo não é novidade para ninguém, da mesma forma como não é novo que a praça dali é lugar de venda de drogas, e de outros crimes, contra o patrimônio e contra a pessoa, sem que haja qualquer ação real, e contínua, para “limpar” aquela área da cidade.
Roubo de peças da Madeira-Mamoré não é novidade para ninguém. Antigos moradores contam que autoridades que por aqui passaram, quando destituídas, mandavam levar para seus novos destinos vários objetos do acervo da EFMM, mas o rondoniaovivo.com mostrou, com fotos, o roubo, em plena luz do dia, de peças daquele que é citado como o mais importante patrimônio histórico deste lado da Amazônica Ocidental, e não apenas de Rondônia.
E o que leva alguém a roubar, em plena luz do dia, como o rondoniaovivo.com mostrou? Justamente a omissão dos vários órgãos públicos que dizem sempre ter algo a ver com a EFMM, mas são incapazes de zelar por aquele patrimônio. Ou será que só atuam quando a TV liga as luzes das câmeras?
Considere-se dito!

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