Sábado, 1 de agosto de 2015 - 17h19

Da esq. para a dir. : maquinista Manoel, comandante Ribeiro, juiz federal Ricardo Leite
e o médico jornalista Viriato Moura (Foto: Antônio Ocampo)
Na manhã deste sábado, dia em que deveria ser comemorado os 103 anos de inauguração da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, a mãe do Estado de Rondônia, um grupo de ativistas em favor da preservação daquele que é o nosso mais importante patrimônio histórico, fez uma visita ao que restou da estação e oficinas da lendária ferrovia.
O encontro foi capitaneado pelo juiz federal Ricardo Leite, que se fez acompanhar do médico e jornalista Viriato Moura, do turismólogo Antônio Ocampo e do jornalista Maurício Calixto. Na ocasião, chamou atenção dos participantes o fato de numa data tão importante não haver qualquer evento oficial programado para o mais importante espaços reminiscente daquela que foi a maior epopeia do século 20, berço desta região. O grupo foi acompanhado por alguns ferroviários, inclusive pelo maquinista Manoel, que entrou para trabalhar na ferrovia aos 17 anos de idade, em 1953. Ele se disse muito triste em ver as condições que se encontram os restos da estrada.
Ao longo da conversa, o Dr. Ricardo Leite, que desde que aqui chegou vem atuando junto ao Iphan e autoridades locais pela preservação do que existe estrada e para que seja transformada em patrimônio da humanidade pela Unesco, disse que seria uma boa ideia que este dia fosse alçado à condição de Data Magna do Estado. “Afinal, foi a partir deste feito grandioso que tudo começou por aqui”, argumentou o magistrado. O turismólogo Antônio Ocampo, que tanto reivindica por nossos valores nativos, mostrou-se irritado com o descaso como são tratados esses valores por nossas autoridades. Viriato Moura, lamentou o que aconteceu com o museu da ferrovia e o fato das peças nele existentes terem sido tiradas do local após a enchente sem que tenham sido devolvidas devidamente reparadas até o momento. “Cada vez mais estamos perdendo nossa identidade cultural, e os resquícios materiais salvos da nossa história. Algo precisa ser feito com urgência para o que restou da ferrovia não desapareça para sempre”, disse o ativista nativo. O jornalista Maurício Calixto, que apresenta de segunda a sábado um programa de grande audiência na Rádio Rondônia, disse que, quando tem oportunidade, pede explicações às autoridades que entrevista sobre os grandes temas de interesse da população, inclusive sobre o descaso com a EFMM.
Fez parte do encontro um passeio turístico pelo Rio Madeira, no barco Águia Tour, pilotado pelo comandante Ribeiro, outro batalhador que faz o que pode para que nosso patrimônio histórico e cultural seja preservado. Ao longo do agradável passeio, que durou uma hora, Ribeiro discorreu sobre a história da ferrovia e destacou os diversos pontos turísticos que podem ser observados em cada margem do rio.
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