Terça-feira, 2 de dezembro de 2014 - 11h08
.jpg)
Por: Altair Santos (Tatá)
Ele há muito, de tão nosso e tão samba, se fez na entranha imaginária pra emergir na mais popular e pluralizada manifestação cultural, pintado com todas as cores, temperado em muitos sabores, cantado por todos os cantores, afago dos sofredores, bálsamo pras todas as dores, rima e verso pra todos amores, pesadelo dos desertores, eco da vida nas ruas, favelas, vielas, salões, corredores, universo de muitos doutores, sonho dos sonhadores. É o samba, legado do Semba originário da mãe África que entre nós, se fez e se faz vivo nas suas variantes sem, contudo, destoar a vida.
Ernesto Melo, o poeta da cidade, melodiou que o Samba desceu o Morro do Triângulo, na voz do Black, Manga Rosa e Sabará, Doca Marinho e o Negro Valdemar. Cá em baixo, noutros planos da urbe, derramou o seu feitiço arrebatador. Pôs a mesa, em cuja, quantos e tantos brindaram e brindam a livre liberdade de se imantarem ao ritmo de sua levada. Porto Velho e vida em curso, artistas e instituições culturais por aqui se permitiram à mágica transfusão que fez atestar a nossa consangüinidade rítmico-musical. Somos todos da Silva ou de Souza, Ferreira, Oliveira, dos Santos, mas nos familiarizamos porque somos os fulanos de tal, do Samba!
Ilustre morador da cidade e em que pese gostar de se encontrar por aí, o samba tem mesmo vários endereços e, num deles, segundo Waldemir Pinheiro da Silva (Bainha), um dos seus ases, se diz da 7 de setembro, lá do quilômetro um, bairro de gente bamba de muita mulher futebol e samba. Da árvore que brotou Bainha, também floresceram os Pinheiros da Silva e os Dias, bem como outras tantas raízes que aqui cultivadas, frutificaram o mesmo fruto, o samba-sabor. Sílvio Macedo Santos, em recado, via um samba de breque, pediu um brilho caprichado em seu sapato, sem manchar o couro, isso enquanto tomava um cafezinho, sinal de que logo mais, teria (como teve) samba em algum lugar.
Até discorreríamos apenas sobre o samba, em si, mas seria injusto em tão festivo dia, dissociá-lo do sambista, a sua derivação viva, sua voz e movimento, a sua extensão mais nobre, a sua cor e tez, o seu ecoar e porta voz. Ernesto Melo Sílvio, Santos e Bainha, a Trinca de Reis, do samba nosso, como assim em certo dia tomamos por nominá-los, mas que também respondem pela santíssima trindade do samba local vêm, ao largo dos anos ganhando o adorno de já sedimentados bambas locais, que tem assento na confraria do aniversariante de hoje, o Samba.
Parabéns e obrigado ao samba nosso de todo dia que, enquanto inesgotável mina cultural, nos propicia a trajetória da descoberta e da contemplação da vida em seu entorno. Salve o samba!
tatadeportovelho@gmail.com
Terça-feira, 25 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)
A Volta das Maritacas políticas do Centro-Oeste: um Alerta para a Política do Distrito Federal
A esperteza dos falsos políticos do Distrito Federal é notória e preocupante. Essas maritacas parecem ter esquecido, ou preferem esquecer, das dezen

De todos os pecados mortais que, ao longo dos séculos vêm degradando a humanidade, existe um que, depois daquele beijo infame de Judas Iscariotes no

Covardia foi ter dito que não era coveiro quando inocentes estavam morrendo de Covid. Covardia foi dizer “e daí?” quando as pessoas estavam morrendo

No dia 2 de março de 2018, a juíza Inês Moreira da Costa, da 1ª. Vara da Fazenda Pública, determinou que a Câmara Municipal de Porto Velho exonerass
Terça-feira, 25 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)