Sexta-feira, 31 de julho de 2015 - 05h07
A postura de um grupo de vereadores, supostamente alinhados ao prefeito Mauro Nazif, com relação aos caminhos que estão sendo trilhados pelas investigações da CPI do Show na Câmara Municipal, dá mostras claras que estamos a caminho de repetir o que vem acontecendo aqui e alhures neste país quando o assunto seja investigar denúncias de irregularidades cometidas com uso do dinheiro público por gestores públicos.
Aí, com certeza, vamos ter a repetição daquela frase famosa, muito usada por políticos flagrados cometendo crimes contra o erário, a que diz “outros fizeram antes de nós”, vai daí que ocorrem como recentemente uma investigação do Congresso sobre a Petrobras – que acabou em nada, conforme o relato aprovado pelos demais membros alinhados ao Palácio do Planalto.
No caso da CPI do Show é interessante observar a manobra do grupo ligado ao prefeito que, notando estar, como diria o vulgo, “a vaca indo para o brejo”, agora tentando desqualificar uma parcela dos membros da CPI e, assim, aliviar uma situação grave que, pela informação a nós chegada, já está no âmbito do Ministério Público.
Daí ser importante que a comunidade lote o espaço reservado ao público na Câmara, segunda-feira à tarde, para pressionar os vereadores a apurarem. Atenção: este Jornal não está querendo “caçar cabeças”, mas apenas que o trabalho seja feito corretamente e a coisa apurada dentro dos princípios legais e não por inserções externas. E que se houver culpados que sejam identificados e responsabilizados. Caso não haja que sejam, os investigados, publicamente inocentados.
Mas a possibilidade de pizza também ronda a Assembleia Legislativa, no caso a apuração a ser feita pela CPI da Evasão Fiscal, já havendo fortes sinais de que a coisa pode desandar. No caso da CPI da ALE a questão é bem espinhosa, porque um dos deputados chegou a dizer a um repórter deste AM ter ouvido do próprio governador do estado que a evasão estaria na c asa dos 30% da arrecadação do Estado.
Ao cidadão resta apenas esperar. Mas também ao cidadão, especialmente às entidades que o representam – ou que dizem o representar – fica a cobrança de que deve se mobilizar, pressionar os que estão investigando, fortalecendo assim a própria CPI e ficando atento para alijar da vida política aqueles que tentem evitar que se chegue a uma conclusão honesta.
Considere-se dito!

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