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Opinião

Conta Gotas 01/03/14


 

Ao final das pequenas notas leia o comentário “Mérito é isso aí”



 

PERGUNTAR NÃO OFENDE

Proibir o carnaval de rua ajudou em quê os desabrigados da cheia?

Conta Gotas 01/03/14 - Gente de Opinião
 


 

REFLITA

“O que me assusta não são as ações e os gritos das pessoas más, mas a indiferença e o silêncio das pessoas boas.” Martin Luther King


 

EXCELENTE

A “entrevista” do Zé Katraka com o Manelão, sobre a proibição à banda do Vai Quem Quer. Parabéns ao Zé pela criatividade.

Conta Gotas 01/03/14 - Gente de Opinião

SABEDORIA CABOCLA

O historiador humaitaense Raimundo Neves, membro da Academia de Letras de Rondônia, ensinou-me outra: é comum no beiradão que dia 31 de dezembro, bem próximo a meia-noite, o caboclo vá para a beira do rio, encha uma garrafa de um litro de água e pese. E logo depois da zero hora repita o gesto com outra garrafa. Caso a segunda tenha mais peso que a primeira será sinal de enchente.

ALGUÉM VIU?

Segundo foi noticiado, parlamentares federais daqui e alhures sobrevoaram a região alagada de Porto Velho e adjacências. Alguém viu? Que serventia trouxe?

CARA DE PAU

Entrevista do ministro da Saúde sobre salário dos médicos cubanos, conforme a Jovem Pan, neste sábado. Ele justificou o aumento para algo em torno de 2.5 mil reais, alegando que era pelo custo de vida nas cidades brasileiras. Nem uma palavra, pelo que saiu no noticiário, com relação ao pagamento indébito ao governo cubano.

MARÇO

 Para muita gente, o mês de março, especialmente o dia 31, deveria ser banido da história brasileira. Quem pensa assim tem o mesmo raciocínio que teve Stalin que, ao substituir Lenine  no comando da recém-instalada URSS, mandou apagar de uma foto  a imagem de seu adversário, Trotsky. Ou, mais recentemente, do que fez o ditador norte-coreano que depois de mandar fuzilar um parente seu, decidiu manipular as fotos e o tio desapareceu.

Assim essa turma que amaldiçoa o 31 de março tenta fazer por aqui, tentando manipular a história.

NÃO SOMOS A MAIS RUIM

Ufa! Não somos a mais ruim! Segundo o PNUD, Porto Velho, com 0,736 no item “Índice de Desenvolvimento Humano” é a quarta com o pior índice de IDH daS seis capitais do Norte – Belém não aparece. Depois só Macapá (0,733) e a cidade mais elogiada por pessoas daqui que vão lá: Rio Branco, em último, com 0,727.

DEU NA IMPRENSA

“BA: pessoas são coagidas a fazer cadastro na Funai

Moradores eram recrutados para se inscreverem como se fossem índios para engrossar invasões de terra no sul da Bahia” (- UOL.COM.BR – 27.2)

http://noticias.band.uol.com.br/cidades/noticia/100000666624/ba-moradores-sao-coagidos-a-fazer-cadastro-como-indios-.html

MÉRITO É ISSO AÍ!

Outro dia, conversando com um conhecido que elogiava o fato de um rapaz, que ambos conhecemos, filho de uma família abastada, ter sido primeiro colocado num concurso, ante o entusiasmo do meu interlocutor, eu disse a ele que não via muito mérito, para quem teve tudo para estudar e não lhe faltou nada.

Entendo que a quem nunca faltou nada, não entendo ser grande mérito ser bem classificado num concurso, tirar boas notas na escola, e por aí afora. Em meu entendimento isso é obrigação, porque – como digo para meus netos – o trabalho de quem conta com tal apoio é estudar. E tirar boas notas é consequência da estrutura disponível, não é mais que obrigação.

Mérito, no meu entendimento, é quem faz por si mesmo, como agora,com um rapaz de 19 anos, Pablo Rodrigues, morador de Duque de Caxias (RJ), cuja mãe está desempregada e a família é sustentada pela pensão da avó.

Pois é, o Pablo passou em sete vestibulares, e escolheu fazer Medicina. Aonde? Na mais renomada universidade brasileira, a USP. Ele optou por Medicina ainda no Ensino Médio, depois de ver a mãe sofrer horas seguidas numa fila do SUS, e não ser atendida

(Consulte esse fato em (http://g1.globo.com/educacao/noticia/2014/02/jovem-da-baixada-fluminense-passa-em-medicina-na-usp-e-mais-7-cursos.html).

Bom, não vi muito sobre isso na Imprensa e nem sei se saiu em algum noticiário de televisão, até porque neste país o que menos vale é a meritocracia. Agora, noticiário sobre BBB, novelas, estrepulias de jogadores de futebol, ah!, isso tem às pencas.

Assista um noticiário de televisão e você dá de cara com todo tipo de crime, mas as coisas boas, quando muito, ocupam apenas alguns segundos, se muito. Há, em nome do faturamento fácil, uma autêntica indústria de degradação social, alimentada pelos casuísmos do governo que prefere não investir no ensino básico para comprar vagas no setor privado – enquanto marginaliza o apoio às instituições superiores públicas.

Particularmente fico muito satisfeito quando passo ali pela Jatuarana e vejo os nomes dos ex-alunos do colégio João Bento, que obtiveram resultados positivos nos vestibulares a que se submeteram. Mérito deles e dos professores que, apesar do salário de miséria, continuam desenvolvendo um projeto de maior valia, e que deveria ter o maior incentivo da Seduc, e do Governo. Mas aquela parede no João Bento não é notícia e só quem passa lá e vê é que entende.

Inté outro dia, se Deus quiser!


Lúcio Albuquerque

[email protected]

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