Sexta-feira, 28 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

Começou o desgoverno federal


Quando se criou o instituto da reeleição, o objetivo fundamental seria a chance de continuidade de uma boa gestão. À época houve várias críticas fundamentadas em razão do governo em exercício, Fernando Henrique Cardoso, se beneficiar dessa inovação. Alegava-se que no primeiro ano seria para tomar pé das dívidas e problemas do governo anterior; no segundo para apresentar os projetos, no terceiro para perceber a inviabilidade de conclusão das metas por falta de tempo; e no quarto para arrumar as malas.

Submetido ao crivo popular, a manutenção de um governo dependeria da identidade e aprovação para dar continuidade às suas ações. Nada melhor do que seguir a mesma linha ideológica e, principalmente o mesmo partido político. O Brasil é realmente um país que atropela todas as lógicas e nenhum desses argumentos se aplica ao governo federal nos últimos 12 anos.

Como castigo pelo oportunismo de aprovar a reeleição para si, o Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB conseguiu apenas a primeira reeleição possível no Brasil.

Não se pretendia uma mudança apenas de gestores, mas uma alteração profunda de um modelo de administração reinante há séculos. Mudou muito; muito para pior.

Todos os seus equívocos iniciais eram atribuídos à “herança maldita” deixada pelo PSDB. Não tiveram nem a inteligência de atribuir culpa ao histórico administrativo que, em tese, poderia justificar a demora nas mudanças estruturais.

Não se combatiam as malfeitorias; bastava dizer que no governo FHC também tiveram. Qualquer mau resultado não era corrigido, pois seria suficiente apontar maus resultados do anterior. Disseminou na tão combativa e politizada base petista que equívocos não precisam de correção, desde que tivessem sido também cometidos por outros.

Essa política deu quatro mandatos ao Partido dos Trabalhadores - PT. Neste quarto, as maquiagens não se sustentaram. Nesse caso, valeu a frase famosa de que não se engana a todos o tempo todo.

Em 1º de janeiro veio a posse e foi tudo o que aconteceu. Como sempre, repetiu-se o blablablá e nada mais. Há um consenso na sociedade de que o modelo de muita mentira passando por verdade se esgotou. Todas as medidas anunciadas são incoerentes por si.

Qualquer pessoa, em sã consciência, sabe que a sujeira e desarrumação de uma casa depois de morar nela por 12 anos não podem ser de nenhum ex-morador.

Tudo que este novo governo fez de melhor foi escolher um ministro da Economia que, após aumentar tudo, o seu grande feito foi tranquilizar o mercado com a promessa de “crescimento” abaixo de zero neste ano.

Isso prova incontestavelmente que este governo apenas tomou posse, mas está administrando seu próprio desgoverno. E como sempre foi dito pelo PT, não há ilegalidade alguma, mas só pode governar quem tem legitimidade e, definitivamente, nem um fanático defende mais esse defunto-vivo.

Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP

    Bacharel em direito

Gente de OpiniãoSexta-feira, 28 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Quem será o novo pateta?

Quem será o novo pateta?

          “Acabou, porra!”. É desse mesmo jeito que diria Jair Messias Bolsonaro sobre a sua atual situação. O ex-presidente do Brasil foi julgado p

Não está fácil agendar uma consulta pelo Ipam

Não está fácil agendar uma consulta pelo Ipam

Se você é filiado à assistência médica do Ipam e precisa agendar uma consulta com um oftalmologista recomendo, desde já, munir-se de muita paciência

A “Rachadinha de Natal”

A “Rachadinha de Natal”

A rachadinha é uma das modalidades de corrupção mais presentes no submundo da política brasileira. Aqui e acolá estoura uma denúncia envolvendo o de

A Volta das Maritacas políticas do Centro-Oeste: um Alerta para a Política do Distrito Federal

A Volta das Maritacas políticas do Centro-Oeste: um Alerta para a Política do Distrito Federal

A esperteza dos falsos políticos do Distrito Federal é notória e preocupante. Essas maritacas parecem ter esquecido, ou preferem esquecer, das dezen

Gente de Opinião Sexta-feira, 28 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)