Terça-feira, 11 de agosto de 2015 - 09h24
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A frase de um cidadão durante o debate sobre a questão do setor “Militão”, semana passada na Assembleia Legislativa, reflete o sentimento de muitas pessoas neste país em relação a gestores, sejam eles secretários municipais, ministros ou ocupantes de cargos a que tenham chegado através do voto popular.
“De discursos estamos cheios”, disse o homem em meio à imensa quantidade de palavrórios, promessas e outras peças que se ouve a qualquer momento quando quem tem responsabilidade pública parece mais interessado em “jogar para a plateia” do que encontrar saídas que as situações, as mais diversas, necessitam, até para evitar conflagrações e disputas que podem prejudicar a ordem pública.
O que aquele homem falou não há dúvida: é a verdade verdadeira desta Nação cansada de ter saídas mas cujos responsáveis por conduzir preferem ficar correndo em círculos porque isso rende mídia, aplausos e, aparentemente, nenhuma responsabilidade em resolver as questões colocadas sob análise.
Ultimamente virou moda: fazer audiência pública. E não é só na Assembleia Legislativa. Na Câmara Federal os deputados até saem para outros Estados para debater temas que só servem para que representantes das Unidades onde aconteçam as reuniões possam fazer seus discursos em suas bases e, em alguns casos, mostrar que estão vivos ainda.
Mas é de se perguntar: das feitas no primeiro semestre deste ano legislativo, quantas mesmo já conseguiram chegar a um denominador capaz de mostrar que houve solução? Difícil responder até porque em alguns casos os que estão envolvidos, cujos órgãos têm responsabilidade decisória, muitas vezes comportam-se como autênticos “senhores da razão”, sem qualquer perspectiva de bom senso – como acontece com a famosa situação da Figura A, apenas para dar um exemplo.
Certamente se os membros das mesas que presidem tais audiências, e os dirigentes de órgãos envolvidos, sentassem só eles, sem aplausos e sem plateia, as discussões fluiriam muito melhor, e haveria solução, mas isso parece não atender a esse grupo.
Algumas audiências públicas acabam se transformando num autêntico show, com discursos sobre discursos, aplausos, elogios, promessas e fica por isso mesmo, enquanto os principais interessados acabam na famosa situação do “ora, veja”.
Sentado na plateia ouvindo tantos discursos, o homem parece ter sido a voz da consciência dos que estavam presentes: “estamos cheios de discursos”.
Todos nós!
Considere-se dito!
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