Terça-feira, 12 de maio de 2015 - 05h14
EDITORIAL DO JORNAL CENTENÁRIO DE PORTO VELHO "ALTO MADEIRA"
Se terça-feira 5 foi o Dia de Rondon, patrono do Estado e da Arma das Comunicações, hoje, 12, Rondônia também deveria festejar, porque há 118 anos nascia no Pará Aluízio Pinheiro Ferreira, que se tornaria no primeiro grande líder político da região onde hoje é Rondônia e o que, mais que qualquer outro, influenciou de tal forma a administração central do pais que várias conquistas para a região foram conseguidas, incluindo a instalação das unidades militares de Porto Velho, Guajará-Mirim e Forte Príncipe, e, a maior de todas, a adesão do presidente Getúlio Vargas unificando terras do Amazonas e Mato Grosso formando o Território Federal do Guaporé, depois Rondônia. E tendo como capital, apesar da resistência de políticos matogrossenses, a cidade de Porto Velho já então a maior da calha do Rio Madeira e sede da administração da ferrovia Madeira-Mamoré.
Oficial rebelde de 1924, Aluízio comandava o Forte de Óbidos (PA), e perdeu. Para não ser capturado fugiu para o Vale do Guaporé onde trabalhou como guarda-livros (contador) do seringalista Américo Casara. Em 1929 retornou a Belém e apresentou-se ao comando da guarnição federal, sendo preso e, de alguma forma, conseguiu uma ligação com o então coronel Candido Mariano da Silva Rondon voltando à tropa, mas para vir chefiar o trabalho da Linha Telegráfica. Dois anos depois, com Getúlio Vargas no Poder, Aluízio recebe outra missão: ser o primeiro brasileiro a administrar a Madeira-Mamoré, ampliando sua ligação com a região, demonstrando seu lado administrador, mandando construir escolas e até iniciando a abertura de uma rodovia de Porto Velho rumo a Cuiabá, mas que acabou em 1945, quando seu nome foi envolvido, por exploração política ou não, na morte de um oficial do Exército.
Antes, em 1940, Aluízio conseguira trazer a Porto Velho, para uma visita de três horas – que viraram quase três dias – o presidente Getúlio Vargas que em 1943 criava o Território do qual Aluízio foi governador o seu primeiro e deputado federal, sendo dele, também, em 1962, o primeiro projeto de lei criando o Estado.
Este ALTO MADEIRA nunca se inscreveu entre os mais próximos a Aluízio, mas não podemos deixar de reconhecer que na relação de nomes ilustres de Rondônia, sem qualquer dúvida a figura de Aluízio Pinheiro Ferreira, se analisada sem paixão e com independência, sobrepõe-se a qualquer outra.
Mas num Estado em que não se cultuam as figuras que, em cada ramo de atividade humana, tenham contribuído de forma decisiva para Rondônia chegar ao estágio atual, deveria ser praticada a filosofia de que conhecendo o passado há como se perceber o presente e se ter melhor base para tratar o futuro, até para saber não só “de onde viemos”, mas, também, para lembrar dos que abriram os espaços para que a caminhada atual seja mais gratificante.
Considere-se dito!
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