Sexta-feira, 17 de outubro de 2025 - 08h00

O Brasil tem
exatos 525 anos de existência. De Pedro Álvares Cabral até Lula-3, jamais teve
um governo que realmente governasse para o bem coletivo de todos os habitantes
da nação. Nem de direita nem de esquerda. No período colonial, passando pelo
Império e desembocando nas Repúblicas de Deodoro, Vargas e até hoje mesmo todos
os governantes, sem exceção, só trabalharam para carrear o dinheiro do nosso
trabalho e dos nossos impostos para a elite rica e abastada. O dinheiro e também
mais privilégios. Desde a longínqua década de 1970 do século passado que o Brasil
figura entre as dez maiores potências econômicas da atualidade, mas o IDH, que
mede a qualidade de vida do povo, está beirando a 90ª posição. Somos hoje um
dos países mais desiguais do mundo. A fome, a miséria e as dificuldades sempre
foram aliadas de nossa gente pobre. Mas os ricos riem.
Na verdade,
os ricos brasileiros sempre riram e sempre moraram na Casa Grande, enquanto os
pobres ficaram na Senzala e de lá não conseguem sair. Esses poucos ricos não
sabem o que é fome, dificuldades e nem falta de dinheiro. A grande maioria da
nossa população vive como nos países miseráveis da África Subsaariana. E essa
triste realidade se espalha pelas 27 unidades da federação e pelos 5.570
municípios. Todos os poderes da nação sempre só trabalharam e ainda hoje só
trabalham para enriquecer ainda mais os ricos e empobrecer quem sempre foi
pobre, miserável e desassistido. Tolice achar que a esquerda luta e defende os
pobres. Talvez ela faça uma “coisinha” a mais aqui e outra ali e dê mais
“esmolas” do que a direita, geralmente rica e abastada. São elas a
mesma coisa.
No Brasil, de um modo geral, todos os governos de direita e
de extrema-direita não gostam dos pobres, enquanto os governos de esquerda
mantêm a pobreza para que ela, a esquerda, possa continuar no poder. Alguém já
viu um ministro de Estado ou uma alta autoridade, de qualquer governo nestes
525 anos, que já passou fome e dificuldades, por exemplo? Os três poderes têm
autonomia e independência para governar melhor a nação. Mas são elitistas e
ricos. No Judiciário, o Código Penal, o Código Civil e até a própria
Constituição do país são armadilhas criadas só para punir o pobre. Vejam
o 8 de janeiro, em que vândalos pobres depredaram os três poderes da nação. Até
agora só os pobres foram julgados e muitos deles já estão presos. Qual o
cidadão rico, que participou daquela infâmia, que está atrás das grades? E nem
sequer os que incentivaram a baderna.
Já o Poder Legislativo, em todas as suas instâncias e jurisdições, é a caricatura mais debochada e diabólica de perseguição a todos os miseráveis espalhados pelo país. Se o Executivo usa o pobre para chegar ao poder e o Judiciário “se esquece” de punir os ricos e castiga praticamente só a população carente, o Poder Legislativo rouba na maior “cara de pau” tudo que o pobre produz para a nação. Privilégios? Somente para os legisladores do país. São rachadinhas, são desvios de emendas, são salários astronômicos, criação de leis absurdas e imorais, como a “PEC da Bandidagem”, e uma infinidade de outras falcatruas e privilégios que eles criam só para eles. Pior: somos nós, os pobres e miseráveis, que nas eleições colocamos todos os legisladores e todas as autoridades no poder. Vivemos eternamente a Casa Grande e Senzala e humilhados por quem devia nos defender. Por tudo isso “todo cidadão honesto devia se envergonhar do governo que tem”.
*Foi Professor
em Porto Velho.
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