Quarta-feira, 7 de agosto de 2024 - 08h51

O recente episódio da
farsa eleitoral venezuelana trás, novamente, à baila a discussão concernente a
dois aspectos essenciais destes regimes que ainda florescem no mundo e tentam
se reerguer em outros países, que lutam por permanecer como democracias.
A
tragicomédia da Venezuela principiou com a negativa da candidatura da opositora
com mais condições de governar o país e o impedimento por "problemas
operacionais” da máquina chavista que não estava apta a receber a segunda
candidata no prazo da inscrição. Quando o prazo já tinha terminado, disseram
que não poderiam receber o registro da candidatura.
Tal
manobra não impediu que se unissem forças opositoras em torno de um diplomata,
sendo que a apuração dos poucos votos auditados com respectivas atas
demonstravam sua vitória esplendorosa, obrigando o títere governante a
interromper o acesso da oposição à apuração. Mais uma das inúmeras formas que
as ditaduras de esquerda encontram para manterem-se no poder.
Na
ditadura cubana, para conseguir o poder, Fidel matou milhares de cubanos
em paredons, instalando a mais antiga ditadura da América. O Brasil
de Lula e Dilma financiou obras de elevado valor naquele país, dívida contraída
que jamais foi adimplida pelos ditadores da ilha caribenha.
Na União
Soviética, em número de mortes Stalin suplantou Fidel, elevando os assassinatos
de seus opositores de milhares para dezenas de milhares. Putin reduziu o número
de assassinatos, mas como ditador expansionista,travou uma guerra de conquista
contra a Ucrânia, prendendo e eliminando aqueles que se opõem a seu governo.
Ortega não
fica atrás como ditador, eliminando ou prendendo adversários e mantendo uma
cruel tirania sobre seu povo.
Por fim, a
China, desde o massacre da Praça da Paz, tem sido mais discreta na eliminação
de adversários, sendo que aqueles que desaparecem não se sabe onde se encontram: se
em algum lugar ou embaixo da terra.
Uma das
características desses governos, é o fracasso econômico, como é possível
verificar na Venezuela, Cuba e Nicarágua, por força da corrupção reinante, do
narcotráfico presente e de não entenderem as regras da economia de mercado, que
fizeram todos os países desenvolvidos não serem de esquerda.
A Rússia
mantém-se graças ao apoio da China, por onde escoam suas mercadorias, em face
de sanções econômicas que sofre pela guerra contra a Ucrânia. A China, uma
ditadura de esquerda na política, por sua vez, é um dos países que ainda adota
o capitalismo selvagem, suas regras, gerando impactos e protestos pelo mundo.
No Brasil,
o presidente Lula que, em seus dois primeiros mandatos foi um homem pragmático,
neste terceiro tornou-se um ideológico de esquerda, mantendo com as cinco
ditaduras relações de cordialidade e discreto apoio. Alega interesses
comerciais que, todavia, independeriam da exteriorização de simpatia. Em
verdade, sua preferência, embora negue, é por tais regimes, o que fica mais
claro em suas diversas manifestações ora de admiração, ora de silêncios
comprometedores ou tímidas manifestações de preocupação.
O certo é
que a fraude eleitoral venezuelana desventrou para o mundo esta característica
maior dos governos ditadores de esquerda, ou seja, a mentira como forma de se
manter o poder, levando até mesmo a OEA, países europeus e inúmeros países da
América a considerarem fraudulento e inadmissível o “golpe” eleitoral de Maduro.
Termino
este artigo com uma frase de Roberto Campos sobre as eleições nas ditaduras de
esquerda: "nestes governos não têm que se ganhar as eleições, mas sim
ganhar as apurações".
Ives
Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie,
Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e
Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do
Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades
Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia),
doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das
PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho (Portugal), presidente do
Conselho Superior de Direito da Fecomercio -SP, ex-presidente da Academia
Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).
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