Terça-feira, 27 de junho de 2023 - 08h08
Recentemente participei do SENAGRI 2023 (Seminário Nacional de
Insumos Agrícolas) realizado em Belo Horizonte - MG, organizado pela Sociedade
Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA). Estiveram presentes no evento cerca
de 500 profissionais, especializados em insumos agrícolas (pesticidas,
fertilizantes e sementes), ligados a órgãos governamentais federais, estaduais
e municipais e empresas privadas (fabricantes de insumos, consultores, etc.).
No painel em que participei, discutiu-se pesticidas agrícolas ou defensivos,
produtos fitossanitários, praguicidas ou agrotóxicos. Ficou claro que o Brasil
não é o maior consumidor, embora seja o maior mercado, quando se trata de
pesticidas químicos. É importante esclarecer que, atualmente, também existem os
pesticidas biológicos. Enquanto o mercado de químicos deve aumentar nos
próximos anos, 2% ao ano, o mercado de biológicos deve crescer 30% ao ano!
Para comunicar o consumo, é fundamental
utilizar indicadores adequados. No caso de pesticidas químicos, o consumo deve
ser medido pela quantidade de pesticidas utilizados por unidade de área
cultivada ou pela quantidade produzida. De acordo com fontes confiáveis, embora
o Brasil seja o maior mercado de pesticidas químicos, no ranking dos maiores
consumidores fica em 44º lugar quando se utiliza a quantidade por unidade de
área cultivada e em 58º lugar quando a mensuração é feita pela quantidade de
pesticida por tonelada produzida. Países como Japão, Coreia do Sul, Alemanha,
França, Itália, Reino Unido, Canadá, etc., consomem muito mais pesticidas
agrícolas do que o Brasil.
É importante deixar claro que os pesticidas
agrícolas utilizados no Brasil são de boa qualidade. Para serem
comercializados, têm que ser registrados. Este é um processo rigoroso,
realizado por três entidades: MAPA (Ministério da Agricultura), que avalia os
aspectos agroquímicos; ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária, Ministério da
Saúde), que avalia os aspectos toxicológicos/cuidados com a exposição das
pessoas; e o IBAMA, órgão do Ministério do Meio Ambiente, que avalia o efeito
do pesticida no solo, água e atmosfera e sobre os organismos não alvo,
aquáticos e terrestres. Desta forma, os pesticidas químicos mais modernos são
cada vez melhores, mais amigáveis, não causando efeitos negativos nos
aplicadores e no ambiente e nem deixando resíduos perigosos nos alimentos,
quando usados corretamente. Tanto que, atualmente, o Brasil, além de atender
com alimentos de qualidade toda sua população, exporta para consumidores de
mais de 150 países. Embora os pesticidas químicos só possam ser adquiridos
através da Receita Agronômica, elaborada por profissional habilitado, é muito
importante que sua utilização seja correta e segura. São fundamentais
procedimentos adequados no transporte, armazenamento, uso de EPI (equipamentos
de proteção individual), preparo da calda, tecnologia de aplicação e destinação
correta de sobras e embalagens vazias. Destacam-se a utilização da dose correta
e o período de carência ou intervalo de segurança.
Estes cuidados são essenciais para que os
pesticidas agrícolas cumpram sua função de controlar as pragas agrícolas,
responsáveis por 40% de prejuízo na produção de alimentos, fibras naturais e
bioenergia, mas não causem efeitos colaterais indesejáveis. Assim, é possível
uma convivência harmônica, por exemplo, entre agricultores e apicultores,
garantindo a polinização adequada e produção de mel. Além de entregar aos
consumidores alimentos livres de resíduos.
O agro vem continuamente aprimorando seus
procedimentos, visando sua sustentabilidade. Desta forma, o Brasil vai se
consolidando como potência agrícola e ambiental, contribuindo com a geração de
emprego e renda, aumento do PIB e das exportações, melhorando a qualidade de
vida das pessoas.
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