Terça-feira, 26 de março de 2024 - 08h16
Li
numa antiga gramática de Claude Augé, esta curiosa história, que é excelente
lição para todos os preguiçosos.
Voltaire
tinha sido convidado para almoçar em casa de amigo, em dia chuvoso. Ao
vestir-se verificou que os sapatos estavam sujos e enlameados.
Desgostoso,
encrespou-se asperamente com o criado encarregado de os limpar, que respondeu
muito ligeiro:
-
"Limpar! Para quê?! Com o tempo que está, logo ficam cheios de lama! Vossa
Mercê logo vê, que não vale a pena!"
Voltaire
concordou, e saiu com os sapatos sujos até à fivela.
Já
ia o amo na rua, muito açodado, quando assume à janela, o criado aflito,
fazendo grandes gestos:
-
" Ó Senhor Voltaire! Ó Senhor Voltaire! Vossa Mercê esqueceu-se de me
deixar a chave da dispensa. Eu não tenho na cozinha o suficiente para confecionar
o meu almoço!..."
Então,
o autor de " Cândido" com sorriso escarninho, que lhe era peculiar e,
usando as mesmíssimas palavras do criado madraço, ripostou todo lesto:
"
A chave! A chave da dispensa para quê?! Com o decorrer das horas logo voltas a
ter fome!... Deves ver, que não vale a pena!"
E
assim Voltaire, seguindo calmamente seu caminho, deixou o criado embasbacado.
Deste
modo o filosofo deu ao seu serviçal, bela lição; não só ao criado, mas a todos
os que, por preguiça, deixam de cumprir suas obrigações, argumentando que em
curto espaço de tempo, tudo fica emporcalhado, obrigando a novo trabalho.
Fala-se de paciência como se fosse um adorno moral, uma virtude de vitrine. Mas, no íntimo da vida real, ela é mais do que palavra repetida em sermõ
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Durante o tempo que fui redator de publicação local, e realizei várias entrevistas a figuras notáveis.Certa ocasião, entrevistei conhecida deputada.
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"A nova era nuclear: uma etnografia da retomada do programa nuclear brasileiro — ou uma crônica do futuro". Este sugestivo título da tese de doutora
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