Segunda-feira, 15 de dezembro de 2025 - 12h19

A idade avança, a gente vai perdendo o tesão do
protesto, o élan da indignação. A escrita frequente e voluntária sofre o
vagar de quem já não acredita em transformação oriunda dos gritos solitários da
alma.
Estive pensando em parar de expor minha escabreação
frente à constante inoperância dos políticos, minha irritação diante da
incapacidade de gerenciamento da cultura de nosso país, de nosso estado, ou de
nosso município. Estou cansando de malhar em ferro frio.
Mas o espelho não se cansa de me cobrar, de me
mostrar os matizes da palidez do desgosto, apontando-me a necessidade de
permitir o retorno da união da medula espinhal com o cérebro! Volto, pois, à
ativa, abrindo fogo com os canhões verbais do desejo de mudança, mesmo sem
horizontes, mesmo não me vendo na liderança de movimentos socioculturais de
massa.
O conformismo nunca foi minha praia, assumo o verbo
dos formadores de opinião. Por isso, grito! Um grito bege, mas, ainda assim, um
grito que pode despertar ecos, um brado de quem chuta o balde na certeza do
barulho, na esperança de acordar os que comungam do sonho da valorização de
nossa cultura regional/universal.
Não me canso de aplaudir o trabalho incansável do
confrade Robson Oliveira mediante podcasts incisivos na esperança de descobrir
um estadista para governar Rondônia, mas, nas entrelinhas das entrevistas, são
poucos os escolhidos. Não desanime, Robson, sou seu fã e leitor assíduo, até as
eleições, quem sabe, você desmascare, entre perguntas e respostas, um candidato
à altura de nosso inesquecível Teixeirão, no dizer de nosso confrade Viriato, “um
homem chamado trabalho”.
Na área do Judiciário, tomei um susto com a
proposta do atual presidente do STF, desejando criar um código de ética para os
ministros da Suprema Corte. Sim, acreditem, esse ministro é o mesmo que retirou
Lula dos escombros da corrupção, depois de ser condenado em instância
colegiada. A essa altura, o país já havia tomado ciência dos escândalos da
Odebrecht e demais empreiteiras, através de delação premiada, que incluiu, no
rol dos corruptos, presidentes de outras nações da América do Sul. O Lula
voltou nos braços do STF e, sem dó nem piedade, vem gastando o que o país não
possui, destruindo estatais e elevando nossa dívida à casa dos 200 bilhões.
Pois é, minha gente sofrida, o atual presidente do STF, que perdoou todos os
pecados do Lula e o envolveu num manto imaculado, antes de o entregar ao
julgamento das eleições, sugeriu, nas entrelinhas do perdão, a um outro colega,
que perdoasse todos os envolvidos em processos da Lavajato. Muitas empresas
receberam dinheiro de volta, mesmo depois de condenadas. Magnitsky
Brasil!!!
Imaginem, só imaginem, para não sofrerem punições,
como seriam os artigos que comporiam o Código de Ética dos ministros do STF e
as punições para as transgressões. Mesmo inspirado nos códigos da Alemanha,
EUA, etc. o corporativismo sempre falará mais alto… Imaginem como o tal “código
pra inglês ver” puniria a existência de um contrato milionário entre a esposa
de um Ministro e um corrupto dono do falido Banco Master? Ou como justificaria
a viagem de um outro Ministro ao Peru, às custas de outro empresário corrupto,
para assistir o jogo do Flamengo e do Palmeiras? E isso é só a ponta do iceberg:
aquilo que a imprensa divulgou e a PF descobriu. A sujeira é muito maior, tão
grande que se o Trump ou o Congresso dos EUA que promulgou o
Global Magnitsky Human Rights Accountability Act soubessem, não perdoariam os pecados
dos envolvidos. Vale lembrar que a referida lei permite ao governo dos EUA
sancionar funcionários de governos estrangeiros, implicados em abusos de
direitos humanos, em qualquer parte do mundo.
Antes que Fachin torne público
seu esperado Código de Conduta Ética do STF, o conflito entre poderes, mostra a
face da Ditadura do Judiciário: A Operação
Transparência, deflagrada há pouco (12/12) pela PF, autorizada pelo Ministro
Dino, tem o objetivo de apurar irregularidades na destinação de recursos públicos
por meio de emendas parlamentares. A gente sabe que a sujeira entre os poderes
corre solta. As luvas do boxe democrático estão na mesa, pena que o velho Poder
Moderador, tenha sido descartado dos caminhos da Constituição Federal de 1988.
Bem que eu gostaria de ver/ouvir/sem calar, a opinião dos membros do Colégio
dos Generais. Saudade da lucidez opinativa, interferente! O silêncio/medo compromete
a liberdade de opinião. Medo? Quem tem medo é o povo, que não tem a quem
recorrer.
Pobre
Zé Povo, sem defensor no Parlamento, os políticos se cagam de medo do STF; sem
simpatizantes no STF, lembram da frase “perdeu Mané”? E o que dizer do Chefe do
Executivo, com todo seu passado corrupto e comprometedor, dono de uma lábia
convincente, capaz de dar nó até mesmo no coitado do Trump?
Pobre
Zé Povo, ridicularizado e obrigado a assumir seu lugarzinho, no porão do
navio/nação, sem educação de qualidade, sem atendimento de saúde qualificada e
sem segurança. Caladinhos e bem comportados. As tempestades entre os poderes
republicanos, em nome de um pseudo Estado Democrático de Direito, de há muito
vem desgastando os que “lutam com garras e dentes para terem direito a um
depois”. Para onde foi O BRAÇO FORTE MÃO AMIGA de outrora? O Chile que
experimentou um breve período na esquerda, está voltando, apoiado em grande
maioria, à direita. Seja bem vindo! Que as eleições brasileiras de 2026 nos
possibilitem, também, o encontro com um novo governo de direita, que tenha
coragem para determinar eleição direta, para novos membros da Suprema Corte, ao
tempo em que aposenta, sem proventos, os atuais ministros. Sonho meu!
Sonho meu…
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