Segunda-feira, 27 de setembro de 2010 - 09h16
Houve um tempo, no Brasil, em que o poder era exercido por apenas uma pessoa: o Rei, que se cercava dos homens mais influentes do Império para administrar o nosso imenso país. E a palavra do Rei nunca voltava atrás. Qualquer que fosse a decisão de Sua Majestade, cabia aos reles mortais apenas cumpri-la, obedecê-la, sem direito de questioná-la. Ao povo não era dado o direito nem de se manifestar publicamente. O povo não tinha acesso ao Rei, sequer podia tocar nas suas vestes. Na prática, tínhamos duas classes de brasileiros: os abastados (o Rei e seus asseclas) e os esquecidos, que tinham de engolir tudo o que lhes era imposto.
Ainda bem que esta é uma realidade que há muito tempo ficou para trás. Depois de séculos de lutas políticas e sociais, alcançamos a tão sonhada democracia. Com todas as suas falhas, com todas as suas imperfeições, é o regime de governo mais completo que temos no mundo, porque o poder é exercido pelo povo. Hoje, temos liberdade de ir e vir, liberdade de expressão, liberdade de culto religioso, ou seja, temos o pleno direito de concordar ou não com o próprio governo, de criticá-lo, de questionar na justiça suas decisões, de protestar nas ruas, de fazer greves, e o mais importante: temos o direito de escolher quem irá nos representar no Poder Executivo e no Poder Legislativo.
E por falar em Legislativo (Câmaras de Vereadores, Assembléias, Câmara dos Deputados e Senado Federal), afirmo, sem medo de errar, que é onde mais se exerce a democracia. Sim, porque tudo ali é decidido no voto. Pela regra geral, quem tem maioria, vence; quem é minoria, protesta, obstrui discussões, contesta votações, etc. Mas sempre - sempre mesmo! - tudo é resolvido na base do voto.
O eleitor hoje é o Senhor do Brasil. É ele quem vai decidir se o candidato A, B ou C vai ocupar a Presidência da República, ou não; se determinado nome é bom ou não, se está capacitado ou não e se merece ou não ocupar uma vaga na Assembléia Legislativa, na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal. Isso quer dizer que o tempo da imposição, da decisão vinda de cima para baixo já se foi, da mesma forma como se desmoronou o pomposo Império dos Orleans e Bragança. Por isso, a responsabilidade de cada um de nós no processo eleitoral é muito grande. O meu, o seu, o nosso voto é que vai decidir o futuro do nosso estado e do nosso país.
Hoje, não existe mais o voto de cabresto, aquele voto comprado e controlado pelo famoso “coroné”. Existem imperfeições? Claro que sim! Afinal, o ser humano é falho por natureza. Mas o que vale agora é a decisão do eleitor, que, por ser manifestada de forma livre e democrática, é soberana. Agora, o eleitor é o Rei, sua decisão se sobrepõe a acordos políticos, a pressões do dinheiro e a qualquer tentativa de se castrar a democracia. O poder do voto é intransferível, indelegável, é uma arma poderosa, capaz de mudar os rumos da história.
Moreira Mendes
Deputado Federal pelo PPS
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