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ARTIGO: Energia e o futuro de Rondônia


ARTIGO: Energia e o futuro de Rondônia  - Gente de Opinião 
Alguns fatos auspiciosos para o futuro neste mês de julho, no setor energético estadual. 

Em 17/07 realizou-se a primeira concretagem na obra da futura UHE Santo Antonio. Iniciou-se a construção da barragem da margem direita do rio Madeira, próximo ao “casarão dos ingleses”. Em 27/07, se não ocorrer novo adiamento, será efetivada a interligação do sistema elétrico Rondônia-Acre ao Sistema Interligado Nacional (SIN), e mais uma forma de isolamento da região estará rompida. São acontecimentos relevantes e representam marcos definitivos para um novo impulso no desenvolvimento que se verifica no estado há alguns anos. Rumo a melhores condições de vida, mesmo que alguns não percebam assim. 

A concretagem marcou o início da construção da barragem na margem direita do rio Madeira, onde será montada a Casa de Força nº 1, composta por oito turbo geradores com potência total de 572,8 MW. A energização da primeira unidade geradora está programada para dezembro de 2011, apenas dois anos e três meses após o início das obras. Para quem gosta dos grandes feitos da engenharia, e para quem confia que a construção da usina representa a grande oportunidade para a modernização de Rondônia, representa uma façanha. Confiança que se reforça com a próxima inauguração de uma fábrica de cimento para 750.000 t/ano, e de uma planta mecânica-metalúrgica, a primeira indústria de base da Amazônia, capaz de processar 12.000 t/ano de aço. 

A interligação do sistema elétrico isolado que supre Rondônia e Acre ao SIN, é a resposta mais adequada, embora demorada, aos reclamos de todos os rondonienses que viveram a crise do setor elétrico estadual do início dos anos 90 (o autor era então diretor técnico da CERON), cuja superação foi de fato iniciada com a construção do “linhão” da Eletronorte. A interligação assegura maior estabilidade, confiabilidade e capacidade de suprimento de energia elétrica ao sistema estadual. Ao mesmo tempo, elimina a necessidade da CCC para assegurar modicidade à tarifa cobrada dos consumidores. 

A conta de consumo de combustíveis – CCC – fundo para o qual contribuem todas as empresas de distribuição de energia elétrica do país, paga cerca de 90% dos custos com o óleo diesel queimado nas usinas termelétricas dos sistemas isolados. Sem este subsídio, cuja extinção a lei estabelece para 2022, as tarifas dos sistemas isolados teriam valores proibitivos. 

Ademais, a interligação ao SIN e a entrada em operação das unidades geradoras das hidrelétricas são garantia de suprimento de eletricidade, não apenas para atender as demandas atuais de Rondônia, mas qualquer demanda futura, deixando para trás as limitações e sofrimentos impostas por nossos muitos sistemas térmicos isolados. 

Vale lembrar, porém, que, se as duas obras são importantíssimas para o futuro da região, a matriz energética do estado deve incluir novas fontes para ganhar flexibilidade e para maior segurança dos investidores e usuários. Dentre as fontes que podem ser incorporadas à matriz estadual em função do fácil acesso e preços competitíveis, além de apresentarem propriedades ambientalmente sustentáveis, podemos citar: o gás natural de Urucu e os bioenergéticos, como etanol, biodiesel, resíduos e derivados da madeira e resíduos agrícolas. 

Certamente, muito esforço ainda deve ser realizado para que essas fontes tornem-se disponíveis. 

Fonte: Antonio Marroco.

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