Segunda-feira, 7 de março de 2016 - 13h13
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Itamar Ferreira*
Nossa velha e carcomida mídia familiar tradiconal não aprendeu a lição deixada pela "Primavera Árabe" que varreu vários ditadores no oriente médio em tempos não muito distante. O que teve na base daquela inesperada mobilização social foi, principalmente, as modernas redes sociais que furaram o histórico bloqueio da informação pela mídia tradicional, que sempre filtrou e manipulou aquilo que chegava até o povo.
Na última quinta-feira e sexta-feira passada o Brasil assistiu atônito uma manipulação midiática/jurídica sem precedentes, para criar um clima favorável às teses golpistas que campeiam pelo Planalto, na imprensa e nas redes sociais. Começou com o vazamento, que já virou rotina, sobre uma suposta delação premiada do senador Delcídio Amaral, que segundo a imprensa conteria graves acusações contra Dilma e Lula.
Mesmo o Procurador Geral da República, a quem caberia colher a suposta delação, e o própria Delcídio negando a existência da tal delação, a grande e pequena mídia não se fizeram de rogados: expuseram a tal delação à exaustão, como se uma delação, ainda que existisse, dita por um falastrão que dizia ter "comprado" ministros de tribunais superiores da justiça, pudessem ser prova em si, antes de qualquer averiguação.
No dia seguinte, o segundo lance da encenação: um aparato de mais de 200 policiais fortemente armados, dezenas de técnicos da Receita Federal, dezenas de viaturas, helicópteros e unidades de apoio, para conduzirem COERCITIVAMENTE um ex-presidente que tem mais de 70 anos de idade. Convenhamos, pura pirotecnia para imprensa ter imagens pra inflamar as multidões.
Mas para desolação da família Marinho da Rede Globo e o restante da mídia, para desespero da oposição golpistas e para desencanto dos "heróis" da Lava Jato, Moro & Cia, sobreveio a "Primavera Antigolpe"; quando as redes sociais, os blogs alternativos e milhares de internautas desnudaram a farsa e deixaram os golpistas "nus" em praça pública.
Foi uma onda avassaladora, que amedrontou a poderosa Globo, deixou a oposição perplexa e os todo-poderosos da Lava Jato atônitos. Miraram em Lula, apertaram o gatilho e o disparo explodiu na cara dos artífices do golpe. Foi vergonhoso para o Juiz Sério Moro: tomou puxão de orelha do Ministro do STF Marco Aurélio Mello, foi questionado pelos mais renomados juristas do país, repudiado por governadores, artistas e intelectuais; além de uma intensa reação social que foi pras ruas, protestando em frente às sedes da Rede Globo e no paradisíaco "triplex" dos Marinhos em Paraty.
Somos uma democracia consolidada, com instituições fortes, poderes independentes, uma sociedade plural e complexa, com liberdades plenas de manifestações e uma rede social que desnuda qualquer versão falsa que a mídia tente criar. Não será fácil conseguir um golpe branco, se quiserem tomar o poder na marra vão ter que sujar as mãos, inclusive de sangue: Golpe Paraguaio aqui não!!!
Agora tem as manifestações do dia 13, que havia sido convocada inicialmente pelos movimentos pró-golpe. A militância do PT e dos movimentos sociais também quer ir pra rua no mesmo dia. A coordenação da Frente Brasil Popular que coordena as manifestações em favor da democracia e pelo respeito aos direitos dos trabalhadores ainda não definiu uma posição oficial. Eu e alguns companheiros e companheiras já definimos a nossa: vamos pra rua de camisetas vermelhas e bandeiras, quem não gostar que não goste; como dizia Zagalo "vão ter que nos engolir" Acredito que estamos numa democracia e as ruas e praças são de todos.
* Itamar Ferreira, bancário, sindicalista, presidente da CUT-RO, formada em administração de empresas e pós-graduado em metodologia do ensino pela UNIR, acadêmico de direito da FARO.
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