Domingo, 14 de fevereiro de 2016 - 00h01
Marcelo Freire
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O tema da campanha da fraternidade deste ano colocou no foco da mídia um assunto grave enfrentado diariamente pela população em boa parte dos municípios: a falta de água tratada e saneamento básico. O Brasil ainda amarga os piores índices, conforme apresentou no ano passado um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil.
A situação é pior nos Estados da região Norte, onde falta tudo. Rondônia e Pará acumulam os piores índices da região e os gestores públicos encontram dificuldades em amenizar o impacto causado na vida da população. A cidade de Porto Velho, capital de Rondônia, figura com os piores índices de saneamento básico, segundo revelou o último estudo do Trata Brasil.
Os números da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam ainda que a diarreia é a segunda principal causa de óbitos em crianças a partir de 5 anos. Sem dúvida, está claro que essas mortes representam um forte reflexo em consequência da falta de saneamento e da ausência de água tratada. Além da diareia, outros problemas são ocasionados em função da falta de saneamento básico. Os surgimentos do zika virus e a chikungunya servem de alerta à população a entrar nessa batalha por mais saúde.
Somente para o Estado de Rondônia, o Ministério das Cidades disponibilizou mais de R$ 500 milhões para obras de saneamento básico. O repasse aconteceu ainda na gestão do ex-governador Ivo Cassol (PP). Em consequência de problemas no processo licitatório, a licitação foi suspensa pelo Tribunal de Contas de União (TCU). O problema se arrasta por mais de 6 anos e até hoje as obras não foram iniciadas. Na época em que o dinheiro foi liberado, era possível colocar água tratada em 100% da cidade. Hoje, com esse valor, não é mais possível em decorrência do aumento do custo do material.
Investir em saneamento básico é cuidar da saúde da população. A partir do momento que os governos priorizarem investimentos neste setor, terão menos demandas nas Unidades de Pronto-Atendimentos (UPAs). A igreja católica e outras instituições religiosas que apoiam a campanha estão de parabéns em incluir o saneamento básico como tema na campanha da fraternidade deste ano. Agora é preciso ações estratégicas e cobrar do poder público a execução de medidas urgentes para mudar os índices da Organização Mundial da Saúde.
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