Quinta-feira, 18 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

Publicação da Embrapa ensina a controlar pragas da mandioca



O Brasil é o segundo maior produtor mundial de mandioca, com cultivos nas diversas regiões, para processamento de farinha e fécula, gerando emprego e renda para milhares de famílias de pequenos produtores. O Acre é um dos principais produtores do Norte do País, concentrando a maior área cultivada no Vale do Juruá, região que enfrenta sérios problemas com o mandarová, uma das pragas mais agressivas da mandioca. Devido a sua alta capacidade de consumo das folhas das plantas, o mandarová (lagarta de coloração avermelhada) causa grandes danos aos cultivos e prejuízos ao produtor.

Na busca por alternativas para solucionar o problema, a Embrapa Acre, em parceria com o Sebrae, governo do Estado, Finep e CNPq, estudou os surtos do mandarová em diversos municípios acreanos e os ciclos de vida do inseto, identificando métodos de controle biológico da praga. Os resultados destas pesquisas estão reunidos nas publicações “Manejo Integrado do Mandarová da Mandioca (Erinnys ello): conceitos e experiências na região do Vale do Juruᔠlançada neste sábado (30), durante a Expojuruá, feira de negócios e tecnologias realizada em Cruzeiro do Sul (AC).

“O objetivo é contribuir para a formação de profissionais da extensão rural, como multiplicadores de métodos biológicos de controle do mandarová-da-mandioca, além de ensinar ao pequeno produtor procedimentos simples, eficazes e de baixo custo para controle da praga”, explica o pesquisador Murilo Fazolin, um dos autores das publicações.

Dentre os métodos biológicos apresentados nas publicações está um inseticida obtido a partir do Baculovirus erinnys, um vírus de ocorrência natural em mandiocais do Nordeste e Centro-Oeste do País, que foi testado e adaptado às condições do Acre.  Usado para pulverizar os plantios infestados, o produto elaborado com as lagartas mortas infectadas pelo vírus, apresenta 95% de eficiência, quando utilizado no início do ataque.

Para Fazolin, a ocorrência esporádica dos surtos do mandarová-da-mandioca dificulta o controle da praga. Segundo o pesquisador, a saída é realizar o monitoramento contínuo dos plantios e preservar os inimigos naturais da praga. Os inseticidas naturais são alternativas viáveis para o combate a pragas agrícolas por que não oferecem riscos à saúde humana nem causam desequilíbrio ambiental.

Fonte: Embrapa/Acre - Diva Gonçalves

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 18 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Projeto ambiental do governo de RO resulta na soltura de 228 mil filhotes de tartaruga-da-Amazônia no Parque Estadual Corumbiara

Projeto ambiental do governo de RO resulta na soltura de 228 mil filhotes de tartaruga-da-Amazônia no Parque Estadual Corumbiara

Com o objetivo de fortalecer a preservação das espécies nativas da região amazônica e garantir a biodiversidade, 228 mil filhotes de tartarugas-da A

Soltura de Quelônios no vale do Guaporé

Soltura de Quelônios no vale do Guaporé

Há cerca de 39 anos atrás um Quilombola, nascido no Vale do Guaporé, preocupado com o possível extermínio dos Quelônios (Tracajás, Tartarugas e outr

Ecoporé realiza segundo mutirão de plantio da campanha “Folião Vira Árvore” no IFRO Calama

Ecoporé realiza segundo mutirão de plantio da campanha “Folião Vira Árvore” no IFRO Calama

A Ecoporé realiza nesta sexta-feira, 5 de dezembro, com  concentração às 15h, no IFRO Campus Calama, o segundo mutirão de plantio da campanha Para

Prefeitura destaca ação dos Caiaqueiros que recolheram resíduos no rio Madeira

Prefeitura destaca ação dos Caiaqueiros que recolheram resíduos no rio Madeira

Durante a Agrotec 2025, iniciativa da Prefeitura de Porto Velho, os Caiaqueiros que participaram da corrida de voadeiras também realizaram uma ação am

Gente de Opinião Quinta-feira, 18 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)