Segunda-feira, 27 de outubro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

Confecção de poste em madeira nativa pode ser proibida


A Câmara analisa proposta que proíbe a utilização de madeira da flora nativa na fabricação de dormentes e de postes e cruzetas para eletrificação. A medida está prevista no Projeto de Lei 2416/11, do deputado José de Filippi (PT-SP). Os dormentes são peças afixadas no solo para a instalação de ferrovias. Já as cruzetas são instaladas sobre os postes de iluminação. Segundo Filippi, o uso de madeiras nativas nobres para a confecção desses materiais tem estimulado o desmatamento no País.

O deputado especifica as espécies nativas que vêm sendo destruídas. “A procura de madeiras nobres para a produção de cruzetas continua intensa. As espécies de árvores que estão sendo, com essa finalidade, dizimadas atualmente são as seguintes: cumaru, faveiro, guarajuba, guarantã, jatobá, pau-roxo, sucupira, taiúva, jarana, angico, araçá, maçaranduba, pitomba, tatajuba, cabriúva, sapucaia, guaricá, angelim e outras”.

Extensas áreas devastadas

A demanda ferroviária por dormentes, durante várias décadas, foi responsável pela devastação de extensas áreas de florestas nativas no Brasil, informa ainda o autor do projeto. Dormentes de madeira exigem a derrubada de um grande número de árvores – aproximadamente 89 mil m³ de madeira para cada milhão de dormentes. Segundo o deputado, a exploração clandestina de madeira para este fim ainda é rentável e o dormente de madeira da flora nativa procedente da floresta amazônica chega à região Sudeste custando entre 15 e 20 dólares.

Materiais alternativos

José de Filippi destacou que o mercado já oferece diversas matérias-primas alternativas para esses equipamentos, como concreto armado, concreto leve e fibra de vidro. Outra opção é o emprego de madeira de eucalipto tratado, sem danos a florestas nativas.

No caso dos dormentes, Filippi lembrou que há também a possibilidade de utilização do plástico reciclado. “Em vez de consumir 800 árvores para a fabricação de dormentes para um trecho de 1600 metros de ferrovia, podem se usar, por exemplo, dois milhões de embalagens plásticas e oito milhões de sacolas plásticas”, exemplificou.

Tramitação

A proposta será analisada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de seguir para o Plenário.


Fonte: Agência Câmara
 

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 27 de outubro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Ecobarreiras reforçam ações da Prefeitura de Porto Velho contra alagamentos e poluição dos igarapés

Ecobarreiras reforçam ações da Prefeitura de Porto Velho contra alagamentos e poluição dos igarapés

A Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), através dos Serviços Básicos, vem ampliando o uso das ecoba

ONGs acionam Justiça para barrar perfuração na Foz do Amazonas

ONGs acionam Justiça para barrar perfuração na Foz do Amazonas

Oito organizações de movimentos ambientalista, indígena, quilombola e de pescadores artesanais entraram na quarta-feira (22) com ação na Justiça Fede

MPF participa de diálogo sobre legalidade e responsabilidade socioambiental nas cadeias de carne e soja

MPF participa de diálogo sobre legalidade e responsabilidade socioambiental nas cadeias de carne e soja

Transparência, rastreabilidade e legalidade foram os três pilares defendidos pelo Ministério Público Federal (MPF) na terceira edição do “Diálogos

Desova das tartarugas-da-Amazônia tem início no Vale do Guaporé após dois meses de atraso

Desova das tartarugas-da-Amazônia tem início no Vale do Guaporé após dois meses de atraso

O dia amanhece lento no seio do Vale do Guaporé. O sol se abre sobre as águas e o calor começa a desenhar sombras de vida na areia. A natureza, aq

Gente de Opinião Segunda-feira, 27 de outubro de 2025 | Porto Velho (RO)