Segunda-feira, 30 de junho de 2025 - 17h41
O Ministério Público de Rondônia, por meio do Grupo de Atuação Especial
do Meio Ambiente, Habitação, Urbanismo, Patrimônio Histórico, Cultural e
Artístico (Gaema), instaurou, na última sexta-feira (27/6), procedimento
administrativo para acompanhar os impactos do arquivamento do Projeto de Lei
que previa a liberação de R$ 10 milhões à Secretaria de Estado do Desenvolvimento
Ambiental (Sedam). A suplementação orçamentária garantiria a continuidade das
ações de fiscalização e prevenção de danos ambientais em todo o Estado.
Com a chegada do
chamado “verão amazônico”, entre junho e novembro, cresce o risco de novos incêndios.
Em 2024, Rondônia registrou 7.282 focos de queimadas entre janeiro e setembro —
o maior número em 14 anos. A situação preocupa por seus efeitos imediatos,
inclusive na saúde pública.
O promotor de Justiça
Pablo Hernandez Viscardi, coordenador em exercício do Gaema, explicou que a
interrupção das ações coloca em risco obrigações legais e compromissos
assumidos pelo Estado de Rondônia, inclusive no âmbito internacional.
O MPRO oficiou a
Sedam, a Assembleia Legislativa, o Governo do Estado e o Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), solicitando
informações e providências. À Sedam, foram pedidos dados sobre a execução
orçamentária, o impacto da não liberação dos valores e o que pode deixar de ser
feito sem esses recursos.
Providências exigidas
Ao Parlamento
Estadual, o MPRO solicitou cópia de pareceres e informações técnicas e
políticas sobre o arquivamento da proposta orçamentária. Também solicitou
esclarecimentos sobre alternativas para viabilizar o financiamento das ações
ambientais.
Já do Governador do
Estado, o Ministério Público cobrou explicações sobre medidas já adotadas e a
possibilidade de reenviar o projeto à Assembleia ou fazer remanejamento
orçamentário. O MPRO também pediu a elaboração de um planejamento estratégico
emergencial para enfrentar a estiagem, com ações para reduzir os impactos à
saúde da população, aos recursos hídricos e à biodiversidade.
Atuação federal
Diante da falta de
recursos provocada pela omissão legislativa, o Ministério Público também
acionou o Ibama. Com base na Lei Complementar nº 140/2011, solicitou que o
órgão atue de forma supletiva no estado, com apoio em fiscalização, uso de
imagens de satélite e ações emergenciais conjuntas com outras instituições.
Riscos à saúde
Organização Mundial
de Saúde alerta para os efeitos da exposição prolongada à fumaça no coração e
no cérebro. A exposição à fumaça pode elevar o risco de infarto e acidente
vascular cerebral, especialmente em pessoas com doenças preexistentes. Crianças
pequenas, idosos, gestantes e pessoas com problemas cardíacos ou respiratórios
estão entre os grupos mais afetados.
Neste cenário, a
preocupação com a saúde pública e a conservação do meio ambiente motivou o
MPRO, por meio do Gaema, a instaurar o referido procedimento administrativo. O
objetivo é acompanhar os impactos da suspensão do financiamento das ações da
Sedam. A medida busca impedir o enfraquecimento das políticas públicas de
proteção ambiental no momento mais sensível do ano.
Direito fundamental
A Constituição
Federal assegura o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, que
deve ser protegido pelo poder público e por toda a sociedade. Quando esse dever
não é cumprido, toda a população é afetada, especialmente durante períodos de
estiagem como o que se aproxima.
A fumaça das
queimadas não é somente um problema ambiental, mas também uma ameaça ao direito
à saúde pública. Cabe ao MPRO fiscalizar o cumprimento desses direitos e atuar
para que o poder público assegure as condições necessárias à sua efetivação.
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