Terça-feira, 1 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Leo Ladeia

Política & Murupi - Repouso depois de cirurgias e assalto na residência


Política & Murupi - Repouso depois de cirurgias e assalto na residência - Gente de Opinião

01-Estava repousando depois de duas cirurgias feitas no dia anterior quando às 4 da manhã fomos rendidos, eu e minha esposa, por 3 bandidos em nosso quarto, algo que não desejo a inimigos. Mesmo com grades, câmeras e cerca elétrica, os ladrões entraram e a seguir o padrão comum e costumeiro: limpa da casa sob mira de armas. Ficamos trancados sem chaves e sem telefone e depois que saímos, outro padrão: 190, PM amigos e vizinhos na calçada. Por sorte um amigo localizou minha camionete também roubada, avariada e abandonada que havia sido roubada. Na sequência dias conturbados com BO, burocracia, a paranoia para inventariar o que foi roubado, conseguir um vigia particular noturno e contratar o monitoramento profissional. Em meio à convalescença e ao caos tentei solucionar o quebra-cabeças pronominal - “o que, quem, por que”- que se instalou e por fim abandono e impotência. Já se foram 16 dias desde o assalto, mas nada obtive de notícias sobre o fato e, para piorar surgiram registros dos moradores do meu bairro mostrando em vídeos de seus celulares e câmeras particulares de mais dois assaltos aqui no bairro, há cinco quadras do CIOP-SESDEC. Senti na pele o que sente o  trabalhador quando lhe roubam celular, bicicleta e ferramentas, fontes de seu sustento. Meu pequeno escritório de gravação é hoje um “ex-critório” vazio e infelizmente as forças de segurança continuarão sendo uma atividade pública cara, custeada pelo povo e que usa modelos anacrônicos de inteligência, governança e investigação, com baixa presença ostensiva sem condição de enfrentar em igualdade de condições as várias facções que tocam o terror no Brasil e pior, constato que as polícias por todo país são reféns da burocracia do estado e levam a todos a percepção de que estão vencidas nos morros ruas, delegacias, quartéis, favelas, campo e cidades, travadas para continuar a luta contra o governo para-oficial instalado em todo país pela facções de dentro e de fora das prisões. Nos morros cariocas os moradores sabem como foi que as facções e milícias se alinharam ao estado e o substituíram e esta lição vem sendo passada e aplicada em todo país. O povo de Mossoró sabe.  

2-Creio que o ovo da serpente surgiu com a criação dos presídios federais  espalhados pelo país de norte a sul a fim de conter o crescimento e ação das organizações nascidas do incestuoso convívio de presos políticos da ditadura com presos comuns na cadeia nos anos 60. Este é o DNA do Comando Vermelho. Hoje as cidades no entorno de prisões federais acolhem familiares dos presos, ajudantes de ordens, pombos correios, advogados. É a fina flor da baixa canalha endinheirada que além de tarefas corriqueiras têm a função marginal de recrutar o exército para o tráfico. O exemplo aqui em Porto Velho são os conjuntos habitacionais com a sigla pichada, onde apartamentos e casas foram ocupados por criminosos pagando um preço vil ou simplesmente expulsando o morador. Isso é de domínio público e é como enxugar gelo: a polícia investiga, dá o flagrante e prende. A justiça sentencia e passa o preso para o sistema prisional onde ele é recebido por quem manda realmente e então ele é batizado pela facção dominante e se torna um fiel soldado. A leniência do estado, a parafernália de leis e recursos são facilitadores para os ricos criminosos que podem bancar incontáveis recursos pela insegurança jurídica advinda de portarias, revisões e benesses, a exemplo da implantação do juiz de custódia e excrecências como saidinhas ou a obrigação de que o cumprimento de pena só comece após o julgamento final de todos recursos. E há agora a novidade de se aproveitar da decisão que anulou todo processo judicial julgado fora do local do crime - Fachin/Lavajato – abrindo a estrada para a impunidade. Como se vê, no Brasil a boa justiça é para poucos e ricos. 

3-A serpente pariu filhotes e hoje no seu ninho no Rio de Janeiro e São Paulo o que se vê é um monstro híbrido de bandidagem, a milícia carioca, fruto da relação do estado com o crime organizado que avança para o fundão do país. Até agora pelo que sei a relação não existe em Rondônia, mas nunca se sabe sobre o futuro. Quem ousaria pensar que nossos vizinhos Acre e Amazonas viveriam a loucura da violência atual? Como imaginar que ACM e o carlismo seriam defenestrados na Bahia e sua capital se transformasse na régua que fecha a lista das piores capitais pelo menos em dois pontos: desnutrição infantil e população abaixo da linha de pobreza? Nestas três capitais citadas e noutras do Nordeste a simbiose crime e castigo é vista diariamente pelos programas de TV e redes sociais. Dia desses um ex-respeitado jurista disse: “um país assume a condição de narcoestado quando o poder do tráfico tem domínio de suas instituições sociais e políticas”. Há algum tempo ele também disse que o Brasil era governado por uma cleptocracia. Ora, como podemos ver Sêo Glmar continua sabendo dos humores nacionais ainda que nada faça para contê-los ou reduzi-los, e digo que é muito pelo contrário. Os estadistas de antolhos não enxergam o Brasil de hoje. O serviço público se transformou num negócio lucrativo onde os eleitos se transformam em elite e nós, “sifu ó”. 

4-Caça e caçador ou cassa o caçador? O deputado federal Sêo Máximo deu uma ré de fasto e avisou que prefeitura de Porto Velho é papo furado. Sei não, mas consta que Sêo Deiró tem um papelin guardado na gaveta da ALE que pode tê-lo ajudado a pensar melhor e isso talvez explique o vídeo rodado nas redes sociais em que um seu ex-colega de governo o chama de frouxo. Como Sêo Máximo conhece agro e até pilota máquina agrícola, sabe onde o boi pode arrombar a cerca e como ele não é boi, dosa a sua força quem sabe para governo, quem sabe a senado, quem sabe para outra oportunidade, quem sabe numa vaga de vice e quem sabe o papelin de Sêo Deiró suma lá dentro da ALE. O debujo para a eleição da Prefeitura de Porto Velho está ficando interessante e olhando assim meio de longe ou assim meio de perto está bem favorável à doutora Mariana Carvalho. Então fica assim: Saúde! 

02-ÚLTIMO PINGO

O Brasil está numas estranhas. Talvez pelo gigantismo geográfico a “extrema izquierda” vou-me contrapor a “extrema direita” tão ao gosto da tchurma do primário mal feito, resolveu aplaudir o antigo algoz e ministro do STF Sêo Alexandre. Puro oportunismo ou um surto tardio da síndrome de Estocolmo? Pero sí, pero nó, partiram dicumforça para a busca urgente da panacéia para todos os males que é, dizem eles, a regulação da mídia, o sonho de dez entre dez sinistros O relator é um baiano de São Paulo mais enrolado que tapioca com queijo e ovo, mas a receita não deixa dúvida: é ditadura e ponto. Braba. Pena que os jornalistas de hoje em dia não se arrepiem ao ouvir tal palavrão. Qualquer tipo de ditadura só causa asco, nojo e repulsa. Mas eles querem.    

03-PONTO FINAL

Pra não dizer que não falei de Mossoró, o suprassuco da segurança e justiça, Sêo Levandósque, foi aplaudido por Sêo Lule depois do feito “fantástico” que só se assemelha a ação da nossa FEB na Itália. Foram 50 dias de refrega e ao final os dois malvadões foram apanhados, algemados e apresentados à autoridade competente para os procedimentos policiais e jurídicos legais. Claro que uma operação de tal envergadura, dessa grossura, que finda com uma canadura, envolve grana pura que o Suprassuco da Segurança e Justiça vai absorver sem explicar na caradura. Foram R$ 6,094 milhões! Rapadura!

09042024

leoladeia48@hotmail.com

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoTerça-feira, 1 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Nuvens negras para a FAB

Nuvens negras para a FAB

A Força Aérea Brasileira que mantem um serviço executivo para os rincões brazukas está com vento de través não no sentido literal, por falta de gran

Trio parada dura de Rondônia

Trio parada dura de Rondônia

Para chegar a Porto Velho faltam voos, os barcos são precários e sobram então as estradas. A BR319 é da Marina e a 364 é do pedágio fake: você paga,

Dez anos de petrolão e... Arquive-se

Dez anos de petrolão e... Arquive-se

Em 27 de abril de 2015 era aberta a CPI do Petrolão e de novo as esperanças apontavam para um ponto fora da curva que nos colocaria noutro patamar d

A fauna exótica prospera em Brasília

A fauna exótica prospera em Brasília

Minha paranoia sempre volta quando ouço uma “otoridade” afiando as garras sobre meus direitos, o que ultimamente é a praxe. Quem viveu a ditadura sa

Gente de Opinião Terça-feira, 1 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)