Quinta-feira, 9 de maio de 2024 - 11h44

Acompanhando as notícias da
tragédia ambiental do Rio Grande do Sul (RS), fico pensando na segurança de mulheres
e crianças que precisam ir para abrigos temporários.
Estamos acompanhando uma das
maiores enchentes da história do país, o Rio Grande do Sul (RS), a terra dos
gaúchos está praticamente debaixo d’agua. Até o momento mais de 1,4 milhão de pessoas
foram afetadas pelos temporais, para se ter uma ideia dos 497 municípios, 417
tiveram algum problema relacionado à chuvarada.
O cenário é de guerra, são muitos
os pontos sem energia no estado, o abastecimento de água está escasso, os
serviços de telefonia e internet estão prejudicados e as escolas que não foram
danificadas estão servindo de abrigo.
Algumas rodovias estaduais
estão com bloqueios totais e parciais, o aeroporto está fechado por tempo
indeterminado, o governo decretou estado de calamidade. E a previsão para as
próximas horas é de chuva.
Como se não bastasse os
problemas como falta de água e energia começaram os compartilhamentos de notícias
falsas. Isso mesmo, quem podia ajudar atrapalha gerando desinformação para
prejudicar o envio de donativos espalhando medo de extravio em quem quer ajudar
o povo gaúcho.
Ainda são muitos os casos de
crianças desaparecidas, não dá para esquecer o depoimento de uma mãe que
procura a filha gêmea de seis meses, e do filho de dois anos que aprendeu a
falar socorro ao ouvir gritos enquanto a embarcação que forneceu ajuda virava.
No meio do caos, as mulheres e
as crianças ainda convivem com o medo de sofrer abuso e violência. Todas essas
situações são ampliadas e se tornam piores quando elas perdem a segurança e as
redes de apoio.
Me pergunto como será depois
da tragédia, quando essas mulheres e meninas se ocuparão muito mais dos
cuidados domésticos para recomeçar. E por conta da sobrecarga precisarão deixar
a escola para ajudar a família e dificilmente voltarão a estudar. Ou aumentar
os números de casamento infantil para ajudar a prover o sustento da família.
No meio do caos, para tentar
ajudar a amenizar a situação precária, alguns perfis estão fazendo o bom uso
das redes sociais. Aqui no estado, o Governo de Rondônia iniciou a campanha de
arrecadação de doações. Os pontos de arrecadação são: Secretarias Estaduais,
Corpo de Bombeiros, Unidades de Tudo Aqui e Palácio Rio Madeira (CPA). Nesses
pontos você pode colaborar com colchões, cobertores, lençóis, kit de higiene
pessoal, absorventes, cestas básicas e garrafas de água.
Todos nós somos
influenciadores do nosso ciclo social, quem não pode participar das vaquinhas
ou das arrecadações pode ajudar em compartilhar notícias confiáveis, é hora de divulgar
os pontos de coleta, instituições, empresas e ONGs que estão envolvidas na
causa.
Não podemos mais ignorar que a
emissão de gasesestão ameaçando a vida do planeta, provocando o aquecimento e
mudanças climáticas. E que as necessidades e vulnerabilidade de cada grupo pode
ser diferente. Mesmo que de longe nossas ações influenciam a vida de diversas
pessoas, o clima só está respondendo aos alertas dos cientistas.
Precisamos exigir medidas
urgentes por parte do governo para enfrentar a crise climática e evitar que
tragédias como essa continuem acabando com os sonhos de milhares de mulheres e crianças
que merecem viver com dignidade e respeito.
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