Terça-feira, 13 de novembro de 2007 - 23h06
O deputado Moreira Mendes (PPS-RO) discursou no Grande Expediente da Câmara nesta terça-feira (13) e, mais uma vez, chamou a atenção do governo federal para a necessidade de investimentos imediatos na produção de gás natural a partir das reservas nacionais. Para ele, o Brasil começa a amargar uma dura realidade com o risco iminente de um apagão do gás, situação que preocupa os setores produtivos, especialmente as indústrias, que fizeram altos investimentos na conversão de seus sistemas para o gás natural, incentivadas pelo próprio governo.
"Dentro de nossa matriz energética, o gás natural não é a figura mais importante, mas é hoje a que causa mais preocupação, pela sua utilização em escala cada vez maior", disse o deputado. O problema, argumenta, é resultado da inoperância e da falta de planejamento do governo, que, juntamente, com a Petrobras, se preocuparam apenas com a auto-suficiência do petróleo e deixaram de lado a questão do gás natural.
Um eventual apagão do gás alerta Moreira Mendes teria impactos incalculáveis para a economia do país, já que cerca de dois milhões de veículos e aproximadamente mil e quinhentos postos de abastecimento dependem do gás para funcionar. "Juntos, esses postos distribuem pouco mais de 7 milhões de metros cúbicos de gás por dia. No Amazonas, na bacia de Urucu, são produzidos, queimados e reinjetados nos poços 9,9 milhões de metros cúbicos de gás todos os dias. Estamos enterrando nossas riquezas. Isto é um crime!", denunciou.
O mais incrível, diz o parlamentar rondoniense, é que o estado do Amazonas, sozinho, possui mais da metade das reservas nacionais, 51,5%, no entanto, sua produção não chega aos 10% do total. "Enquanto a procura pelo gás natural cresce a uma média de 14% ao ano, 9,9 milhões de metros cúbicos de gás da bacia de Urucu são simplesmente jogados fora, o que corresponde a 30% do que o país importa da Bolívia", sustentou.
Gasoduto Urucu-Porto Velho
A saída para o problema do gás, reiterou o deputado, já é conhecida por todos e passa, necessariamente, por investimentos maciços na exploração das reservas de gás natural brasileiras, especialmente as da região Amazônica, como o Gasoduto Urucu-Porto Velho. "Antes de ser fundamental para Rondônia, o gasoduto é uma obra estratégica para o Brasil. Está mais do que provado que a bacia de Urucu possui reserva de gás mais suficiente para suportar um projeto dessa envergadura", frisou. Ainda segundo Moreira Mendes, o gasoduto não é mais um projeto, mas sim uma proposta pronta e acabada, que depende apenas da vontade política do governo para ser implementada. "Assim como o petróleo, o gás também é nosso. Mas isso não pode ficar apenas no discurso. Precisamos partir para a prática, porque o problema se agiganta", cobrou.
Fonte: Claudivan Santiago
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