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GÁS: M.Mendes condena investimento na Bolívia


O deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO) condenou a iniciativa do governo brasileiro de retomar os investimentos da Petrobras na Bolívia. A novidade - que deve ser anunciada até o fim de novembro pelo presidente Lula -, segundo Mendes, "é mais uma atitude vergonhosa que vai contra os interesses do povo brasileiro". Desde a ruptura dos contratos e da nacionalização do gás por parte do governo boliviano - que, inclusive, chegou a usar tropas do Exército para ocupar as instalações da Petrobras, a empresa mantém no país apenas a exploração de dois campos de gás. As negociações para a volta dos investimentos foi anunciada esta semana pelo assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

De forma irônica e bastante indignado, Moreira Mendes desabafa: "O governo brasileiro está que nem mulher de malandro: quanto mais apanha, mais se entrega", afirma, lembrando que o governo Evo Morales desrespeitou o Brasil e todos os brasileiros ao invadir as refinarias da Petrobrás com o uso da força. "O governo boliviano fez o que quis, pagou o preço que quis pela nossa refinaria, impediu a vinda do gás, fechou as torneiras, ameaçou, aumentou o preço do metro cúbico do gás, e o nosso governo assistiu a tudo calma e tranqüilamente, como se nada tivesse acontecido".

Gasoduto

A retomada de projetos em território boliviano - prossegue o deputado - torna-se mais condenável ao se comparar a urgência com que o governo brasileiro trata os investimentos no Brasil e na Bolívia. E nesse contexto destaca a obra do gasoduto Urucu-Porto Velho. "Olha o nosso gasoduto. O gás está sendo produzido, reinjetado nos poços e queimado, ou seja, está sendo jogado fora, com o projeto pronto, o licenciamento ambiental concedido, o decreto de desapropriação pronto, com o produtor e o consumidor de gás claramente definidos". O deputado diz, ainda, que "o governo federal usa da mentira, da falsidade e da leviandade para dizer que não tem gás na Amazônia".

Esclarecimentos

Além de Moreira Mendes, os deputados Fernando Coruja (SC) e Raul Julgmann (PE) - também do PPS - já estão requerendo a presença do ministro das Minas e Energia, José Hubner Moreira, e do presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, na Câmara para esclarecer o assunto. "Esse desgoverno está jogando fora as nossas riquezas e aplicando num país de um ditador, quando deveria estar investindo em Rondônia, fazendo com que o gasoduto se transformasse numa realidade, para promover o desenvolvimento do estado, para permitir que o nosso transporte coletivo tivesse combustível mais barato, enfim, para dar melhores condições de vida a nossa população".

Fonte: Claudivan Santiago 

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