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GÁS: Bolívia precisa investir para honrar contratos


Nicola Pamplona - O Estado de S. Paulo

A reaproximação entre a Petrobrás e o governo da Bolívia, que deve ser selada em viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país vizinho no fim do ano, reflete o desespero de La Paz em busca de novas reservas de gás natural para cumprir seus contratos, avaliam observadores.

O processo foi iniciado na semana passada, em visita do ministro boliviano dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, ao Brasil. Segundo fontes do Itamaraty, os encontros foram marcados a pedido do governo da Bolívia, que não vê muitas alternativas ao investimento brasileiro.

Na próxima semana, o ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner, e o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, devem ir a La Paz encontrar com seus pares bolivianos.

Segundo fontes, ainda não há uma pauta específica, mas a idéia é reabrir os canais de comunicação entre os dois países, estremecidos desde a nacionalização dos campos de petróleo e gás promovida pelo governo Evo Morales em 2005.

'Os bolivianos estão se dando conta de que a melhor opção é o Brasil', diz um observador próximo, lembrando que os projetos negociados com a Venezuela ainda não saíram do papel.

Em seu planejamento estratégico para o período de 2008 a 2012, a estatal brasileira prevê para a Bolívia só 10% do volume de recursos investido desde que chegou ao país. Descontente com a redução da rentabilidade de seus negócios bolivianos, a empresa decidiu investir apenas o suficiente para manter o nível de produção nos dois campos que opera no país, San Alberto e San Antonio>

Em entrevista concedida anteontem, porém, o gerente-executivo da companhia para o cone Sul, Décio Odone, admitiu avaliar novos projetos no país vizinho.

O encontro da semana que vem deve preparar uma pauta para a reunião entre Lula e Evo, prevista para novembro. Fontes próximas do assunto dizem que não se espera que La Paz reveja os atuais contratos de produção, mas há sinais de que apresente condições melhores de rentabilidade para projetos futuros.

'A Bolívia tem hoje overbooking em seus contratos de gás, ou seja, produz menos do que se comprometeu a entregar', lembra o consultor Marco Tavares, da Gas Energy. 'O país precisa rapidamente de investimentos', salientou.  

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